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União Europeia congela contas e outros ativos da Costa do Marfim

Medida é mais recente entre os esforços internacionais para persuadir Gbagbo a deixar presidência, já que a oposição é considerada vitoriosa nas eleições de novembro

Comunidade internacional quer a saída de Laurent Gbagbo da presidência (Getty Images)

Comunidade internacional quer a saída de Laurent Gbagbo da presidência (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2011 às 15h26.

Bruxelas - A União Europeia endureceu neste sábado as sanções contra o atual presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, congelando ativos dos principais portos marfinenses exportadores de cacau, da petrolífera estatal e de três bancos.

A medida é a mais recente entre os esforços internacionais para persuadir Gbagbo a deixar o cargo, já que a oposição é amplamente considerada vitoriosa nas eleições presidenciais de novembro. A lista da UE também inclui a refinaria estatal SIR, o órgão encarregado do setor da borracha no país, a companhia energética Sogepe e a emissora nacional RTI.

O diário oficial da UE afirma que as empresas e instalações "estão ajudando a financiar o governo ilegítimo" de Gbagbo. O bloco europeu impôs sanções inicialmente em dezembro, depois da eleição de 28 de novembro, que potências mundiais e países africanos vizinhos dizem ter sido vencida pelo candidato oposicionista Alassane Ouattara. Gbagbo cita o parecer da Corte Constitucional, segundo a qual os resultados foram fraudados para prejudicá-lo.

Ainda de acordo com o diário oficial da UE, a emissora RTI é responsável por "incitar ao ódio e à violência por participar de campanhas difamatórias relacionadas com a eleição presidencial de 2010."

"Todos os fundos ou recursos econômicos pertencentes, mantidos ou controlados legalmente ou de fato por pessoas entidades ou organizações... devem se congelados," diz a publicação. A medida bane ainda recursos disponíveis para as pessoas e organizações listadas.

A UE também manteve o congelamento de ativos e a proibição de concessão de vistos para Gbagbo e 84 de seus partidários, incluindo sua esposa, ministros, outras autoridades e editores de jornais.

Um porta-voz do bloco europeu disse que ainda é muito cedo para ter uma ideia de como a atividade econômica da Costa do Marfim seria afetada pelas sanções.

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