Mundo

União Europeia autoriza venda do remdesivir contra o coronavírus

Estudo mostra que os pacientes com covid-19 e tratados com remdesivir se recuperam em média quatro dias antes que os demais enfermos

Coronavírus: este é o torna o primeiro remédio autorizado na UE para o tratamento da covid-19 (Gilead Sciences Inc/Handout/Reuters)

Coronavírus: este é o torna o primeiro remédio autorizado na UE para o tratamento da covid-19 (Gilead Sciences Inc/Handout/Reuters)

A

AFP

Publicado em 3 de julho de 2020 às 09h15.

A Comissão Europeia autorizou provisoriamente a venda do medicamento antiviral remdesivir para o tratamento de pacientes com coronavírus na União Europeia (UE), depois da aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

O Executivo comunitário concedeu "uma autorização de comercialização condicional para o medicamento remdesivir, que se torna o primeiro remédio autorizado a nível da UE para o tratamento da COVID-19", afirma um comunicado.

"Concedemos esta autorização menos de um mês depois da apresentação do pedido", afirmou a comissária da Saúde, Stella Kyriakides, para quem isto demonstra "a determinação da UE de responder rapidamente" aos novos tratamentos.

A autorização de comercialização condicional na UE é reservada aos fármacos cujos benefícios são considerados maiores que os riscos, apesar de não contar ainda com dados completos. A duração é de um ano, com possibilidade de renovação.

A molécula do laboratório americano Gilead Sciences foi desenvolvida para tratar os pacientes com febre hemorrágica ebola, sem sucesso, mas durante um teste nos Estados Unidos o remédio mostrou certa eficácia contra a COVID-19.

De acordo com o estudo, os pacientes com esta doença e tratados com remdesivir se recuperam em média quatro dias antes que os demais enfermos. Seu uso já foi autorizado em casos de emergência nos Estados Unidos e Japão.

Em sua recomendação, prévia à autorização da Comissão com a aprovação dos 27 países europeus, a EMA propõe seu uso para adultos e adolescentes a partir dos 12 anos que sofrem de pneumonia e precisam de oxigênio.

O novo coronavírus provocou mais de 500.000 mortes no mundo desde que foi detectado em dezembro, de acordo com um balanço da AFP com base em fontes oficiais. A Europa é a região do mundo com mais mortes, quase 200.000.

De modo paralelo, cientista de todo o mundo lutam contra o tempo para desenvolver uma vacina contra o coronavírus.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusRemédiosUnião Europeia

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA