A Unesco acrescentou que o sítio arqueológico também está ameaçado pela construção de uma estrada alternativa de acesso ao santuário (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2012 às 08h36.
Lima - Uma missão da Unesco pediu nesta quinta-feira às autoridades do Peru que tomem medidas de emergência para proteger o sítio arqueológico de Machu Picchu, entre elas frear o crescimento do povoado de Águas Calientes.
A espanhola Nuria Sanz, chefe para a América Latina e o Caribe da Unesco, informou à agência oficial 'Andina' que o objetivo de sua visita foi 'colaborar' com as autoridades peruanas para encontrar a melhor solução para a preservação de Machu Picchu.
'É preciso gerar uma dinâmica que permita um controle e um regulamento exigentes, de respeito com o lugar, de respeito com as autoridades pelo esforço que fazem e de respeito com o turista e com os serviços destinados a sua visita', explicou.
Sanz precisou que, nesse sentido, é necessário 'tomar medidas de emergência rigorosas' perante o crescimento desordenado do povoado de Águas Calientes.
A funcionária da Unesco informou que conversou com as autoridades da Prefeitura do distrito de Machu Picchu e lhes pediu que 'delimitem a evolução do lugar de Águas Calientes'.
Sanz acrescentou que o sítio arqueológico também está ameaçado pela construção de uma estrada alternativa de acesso ao santuário, pelo que recomendará consultas a especialistas em geodinâmica, infraestrutura hidráulica e comunicação.
Segundo a 'Andina', os especialistas da Unesco oferecerão um primeiro boletim de sua avaliação dentro de duas semanas e seu relatório final em sete meses.
A famosa cidade inca foi declarada patrimônio cultural da humanidade em 1983, mas nos últimos anos houve uma série de observações referentes à acessibilidade ao lugar, ao manejo dos resíduos sólidos deixados pelos turistas e a sua gestão por parte das autoridades locais.