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Unesco diz que saída dos EUA é "perda para o multilateralismo"

Os EUA anunciaram saída do órgão da ONU para educação por "tendência anti-Israel" da entidade

Irina Bokova: Diretora da Unesco disse que "lamenta profundamente" a decisão dos EUA (Philippe Wojazer/Reuters)

Irina Bokova: Diretora da Unesco disse que "lamenta profundamente" a decisão dos EUA (Philippe Wojazer/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de outubro de 2017 às 14h53.

Paris- A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse nesta quinta-feira (12) que a decisão dos Estados Unidos de sair da organização, após terem suspendido o pagamento de suas contribuições já em 2011, é uma "perda para o multilateralismo e para a família da ONU".

A representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura confirmou em comunicado que o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, a notificou oficialmente sobre essa decisão, que ela "lamenta profundamente".

"No momento em que a luta contra o extremismo violento pede um investimento renovado em educação e em diálogo intercultural para prevenir o ódio, é profundamente lamentável que os EUA se retirem da agência das Nações Unidas que se ocupa destes assuntos", considerou a diretora.

Em Washington, o Departamento de Estado americano anunciou oficialmente a decisão de sair da Unesco e o desejo de estabelecer uma missão permanente como país "observador" diante desse organismo.

Bokova, que deixará o cargo em novembro e cujo sucessor será eleito em breve no Conselho Executivo da Unesco, se mostrou aflita pela retirada americana, que definiu como "uma perda para a Unesco, uma perda para a família das Nações Unidas e uma perda para o multilateralismo".

Apesar de tudo, opinou que a missão do organismo que por liderou oito anos "não terminou" e que continuará com o seu trabalho "para construir um século XXI mais justo, pacífico e equitativo", motivo pelo qual precisa "da liderança de todos os Estados".

A búlgara lembrou que em 2011, quando os EUA anunciaram a suspensão de sua contribuição econômica após a organização aceitar a entrada da Palestina, expressou sua certeza que "a Unesco nunca tinha sido tão importante para os Estados Unidos e nem os Estados Unidos para a Unesco".

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