Direitos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2013 às 11h25.
Moscou - Quase um terço dos russos (27%) acredita que os homossexuais precisam de ajuda psicológica, enquanto 5% acham que as minorias sexuais deveriam ser liquidadas, segundo uma pesquisa do Centro Levada publicada neste domingo.
O apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo diminuiu de maneira drástica nos últimos três anos, de 14% da população para 5%. Ao mesmo tempo, 85% dos russos são categoricamente contra o casamento homossexual, segundo o estudo sociológico citado neste domingo pela agência 'Interfax'.
Mais de 20% das pessoas consideram que as minorias sexuais devem ser submetidas a tratamentos médicos forçados, enquanto 16% são a favor de seu total isolamento do restante da sociedade.
Cerca de 60% dos russos disseram que sentiriam uma grande decepção se descobrissem que seus filhos ou netos 'são vítimas da propaganda homossexual'.
A pesquisa indica que a grande maioria dos russos (89%) garante que entre seus amigos, familiares e conhecidos não há homossexuais.
Por outro lado, pouco mais de 20% da população russa tolera bem as minorias sexuais e propõe 'deixá-los em paz'.
Em janeiro deste ano, a Câmara dos Deputados da Rússia proibiu a propaganda homossexual entre os menores de idade, uma lei que as minorias sexuais consideram uma flagrante violação de sua liberdade de expressão.
A lei, que foi aprovada em primeira leitura com 388 votos a favor, enquanto apenas um deputado votou contra e outro se absteve, propõe multas a quem promover comportamentos homossexuais.
A Associação Internacional de Gays e Lésbicas concedeu em 2012 à Rússia e à Moldávia a duvidosa 'honra' de serem os países da Europa onde menos são respeitados seus direitos.
A última tentativa de se realizar uma passeata do orgulho gay na capital russa, em maio de 2011, terminou em choques violentos entre ativistas homossexuais e ultranacionalistas.
O artigo 121 do código penal da União Soviética, que previa penas de prisão às práticas homossexuais, não foi abolido na Rússia pós-soviética até 1993, ano em que a homossexualidade também deixou de ser considerada uma doença mental. EFE