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Um esforço pela moderação nas relações entre EUA e Irã

ÀS SETE - O péssimo relacionamento entre os países se intensificou após Trump se recusar a assinar um acordo nuclear firmado em 2015 por Obama

A recertificação é parte do tratado, que prevê que, a cada 90 dias, que o governo americano deve supervisionar e ratificar sua aprovação

A recertificação é parte do tratado, que prevê que, a cada 90 dias, que o governo americano deve supervisionar e ratificar sua aprovação

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2017 às 06h17.

Última atualização em 27 de outubro de 2017 às 07h10.

A situação entre Estados Unidos e Irã vai de mal a pior. Muito por causa do presidente americano Donald Trump, que se recusou a assinar a recertificação que daria continuidade ao acordo nuclear firmado em 2015 entre o Irã e seis potências internacionais durante a gestão de Barack Obama, o que ele chamou de “o pior acordo já feito”.

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Neste domingo, para tentar apaziguar os ânimos, Yukiya Amano, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o órgão supervisor de assuntos nucleares da ONU, visita o Irã para conversar com as autoridades locais sobre o assunto.

A recertificação é parte do tratado, que prevê que, a cada 90 dias, que o governo americano deve supervisionar e ratificar sua aprovação quanto ao cumprimento das regras sobre energia e exploração nuclear, admitidas pelo governo iraniano.

Se o Irã tomar qualquer medida em direção ao ampliamento de seu projeto nuclear nesse entremeio, as sanções internacionais ao país podem voltar, dependendo apenas de uma aprovação dos Estados Unidos.

Em abril e julho deste ano, o governo Trump, assinou a recertificação, mas a bomba explodiu em outubro. Dessa vez o presidente se recusou a aceitar o acordo, sob alegações de que o Irã dá suporte a organizações terroristas e não parou com seu programa de mísseis balísticos — tecnicamente atitudes que não estavam previstas como obrigações no acordo nuclear.

Agora, o problema é do Congresso dos Estados Unidos, que tem até 60 dias para decidir se irá impor ou não sanções econômicas sobre Terã. Amano, a AIEA e a ONU afirmam que o acordo é importante para verificação nuclear no país e que o Irã está, sim, cumprindo com sua parte.

Os líderes europeus, signatários da pauta, já reafirmaram seu compromisso com o acordo, na esperança de que o Congresso americano impeça que o tratado entre em colapso.

Por enquanto o plano não tem dado certo: na votação na Câmara dos Representantes, a reimposição de sanções sobre o Irã foi aprovada por 423 votos a 2.

O líder iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, já disse que Teerã se prontifica a seguir com as diretrizes do pacto desde que os outros signatários façam o mesmo, mas que “rasgaria” o acordo se Washington pulasse do barco, como está acontecendo agora. Amano, e a ONU, terão muito trabalho neste final de semana.

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