Donald Trump: Magnata garante manter paralisação por "tempo necessário" (Jim Young/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de janeiro de 2019 às 18h06.
Washington- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a afirmar nesta quarta-feira que o muro na fronteira com o México é um urgente e que está disposto a manter a paralisação parcial do governo pelo "tempo que for necessário".
"O muro é uma necessidade. Todas as outras coisas, os sensores e drones, são uma maravilha, mas funcionam se você tem um muro. Se não há o muro, não importa. Um drone não vai impedir mil pessoas de atravessar a fronteira", afirmou Trump em um evento na Casa Branca.
"É preciso deixar a política de lado e voltar ao bom senso. Dizem que se trata de uma solução medieval. É o correto. É medieval porque funcionou na época e funciona ainda melhor agora", completou o presidente americano sobre a polêmica proposta.
Pouco depois das declarações na Casa Branca, Trump foi ao Congresso para discutir o assunto e reiterou a necessidade de reforçar a segurança na fronteira dos EUA, afirmando estar disposto a manter a paralisação parcial pelo "tempo necessário".
No Capitólio, o presidente participará de um lanche com congressistas do Partido Republicano e depois terá um encontro com líderes democratas na Casa Branca para tentar resolver o imbróglio.
Ontem, Trump fez um pronunciamento em rede nacional de oito minutos e afirmou que o país vive uma "crise humanitária e de segurança" na fronteira com o México, o que, segundo ele, exige a construção do muro. Para isso, o presidente americano exige a liberação no orçamento de US$ 5,7 bilhões.
A imprensa americana ressaltou que Trump fez várias afirmações falsas ou omitiu dados durante o discurso.
Depois do discurso de Trump, a oposição democrata, que controla a Câmara dos Representantes, disse que manterá a posição de se negar a disponibilizar a verba para a obra desejada pelo presidente.
A falta de acordo entre democratas e republicanos sobre o orçamento federal provocou a paralisação parcial do governo, que completou hoje 19 dias.
Diferentes órgãos estão sem funcionar plenamente devido à falta de recursos e cerca de 420 mil funcionários do governo, considerados essenciais, estão trabalhando sem receber.
Trump irá amanhã para o Texas, onde se encontrará com as autoridades locais para acompanhar a situação em primeira mão na região. EFE