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Direita tem resultado histórico na Europa, mas partidos de centro devem manter maioria no Parlamento

Projeção da União Europeia aponta que bloco de centro-direita terá 184 cadeiras no Parlamento, 14 a mais do que em 2019

Eleições para Parlamento Europeu: cidadãos europeus decidem quem representará cada país na União Europeia (Maja Hitij/Getty Images)

Eleições para Parlamento Europeu: cidadãos europeus decidem quem representará cada país na União Europeia (Maja Hitij/Getty Images)

Publicado em 9 de junho de 2024 às 19h19.

Última atualização em 10 de junho de 2024 às 12h06.

Partidos de centro (num bloco formado por centro-direita, centro-esquerda e liberais) vão manter o controle do Parlamento Europeu pelos próximos cinco anos, segundo a projeção fornecida pela União Europeia. A eleição terminou neste domingo.

Os números indicam ainda que os grupos de direita vão conquistar mais assentos, mas sem ter força para assumir o controle do Parlamento, que seguirá com os partidos de centro.

De acordo com a projeção mais recente da União Europeia, o Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita) continuaria como a maioria do Legislativo, com 184 assentos (14 a mais do que em 2019). Já os social-democratas alcançariam 139 (queda de 15 assentos comparando com 2019) e os liberais do Renew teriam 79 (perderam 29 cadeiras em relação a cinco anos atrás). Juntos, eles formariam um bloco de 402 cadeiras de um total de 720. Os três são as maiores forças de apoio da atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que faz parte do PPE e tenta a reeleição. 

Já o grupo de ultradireita deve somar 131 assentos. Com o grupo Conservadores e Reformistas, liderado pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, 73 vagas devem ser conquistadas. São dez assentos a mais do que na eleição de 2019. Outro representante da ultradireita, o Identidade e Democracia (ID), que inclui o partido da francesa Marine Le Pen, deve ficar com 58 cadeiras. 

O bom desempenho de Le Pen causou uma crise na política francesa, levando o presidente Emmanuel Macron, que obteve menos da metade do percentual da adversária, a dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições antecipadas para o Legislativo francês.

Quem também sofreu um forte revés no pleito de domingo foi o bloco dos Verdes, cuja bancada deverá diminuir em 20 cadeiras, ficando com 52 deputados.

 

Desde a última quinta (6) e até domingo, cerca de 373 milhões de europeus estavam aptos a votar nos 27 países que formam a União Europeia.A definição das 720 cadeiras do Parlamento Europeu é proporcional ao tamanho da população de cada país. Alemanha (96), França (81), Itália (76), Espanha (61) e Polônia (53) são as nações os que elegem mais eurodeputados.

Com sede em Estrasburgo, na França, e em Bruxelas, na Bélgica, o Parlamento Europeu é a única instituição do bloco que tem eleição direta e aprova leis que são aplicadas aos cerca de 450 milhões de cidadãos da UE

Os eurodeputados também aprovam o orçamento do bloco e o presidente da Comissão Europeia, o braço executivo do bloco.

Veja a lista de partidos vencedores por país (resultados provisórios)

  • Alemanha: CDU (centro-direita)
  • Áustria: FPÖ (direita)
  • Bélgica: VB (direita)
  • Bulgária: GERB - SDS (direita)
  • República Tcheca: ANO 2011 (centro-direita)
  • Chipre: DISY (direita)
  • Croácia: HDZ (centro-direita)
  • Dinamarca: SF (F) (esquerda)
  • Eslováquia: PS (centro-direita)
  • Eslovênia: SDS (direita)
  • Espanha: PP (centro-direita)
  • Estônia: Isamaa (centro-direita)
  • Finlândia: KOK (centro-direita)
  • França: RN (direita)
  • Grécia: ND (centro-direita)
  • Hugria: Fidesz (direita)
  • Itália: FDL (direita)
  • Letônia: JV (centro-direita)
  • Lituânia: TS-LKD (centro-direita)
  • Luxemburgo: CSV/PCS (centro-direita)
  • Malta: PL/LP (centro-esquerda)
  • Países Baixos: GL - PvdA (centro-esquerda)
  • Polônia: KO (centro-esquerda)
  • Portugal: PS (centro-esquerda)
  • Romênia: PSD (centro-esquerda)
  • Suécia: S (centro-esquerda)

Fonte: União Europeia (atualizado às 05h35min no horário de Brasília)

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