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UE vai impor sanções à indústria iraniana de drones e mísseis

Bloco econômico também já havia adotado outras sanções contra o país pela transferência de armas e tecnologia à Rússia para uso na Ucrânia

Sede da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica (Santiago Urquijo/Getty Images)

Sede da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica (Santiago Urquijo/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 18 de abril de 2024 às 06h55.

Os líderes dos países da União Europeia (UE) chegaram a um acordo na noite desta quarta-feira (17) para a adoção de novas sanções contra produtores iranianos de drones e mísseis, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

"Decidimos adotar sanções contra o Irã. É uma mensagem clara que queremos enviar", declarou Michel durante um breve contato com a imprensa ao fim do primeiro dia de uma cúpula da UE em Bruxelas.

A ideia, segundo o alto dirigente belga, "é atingir as empresas que são necessárias para os drones e mísseis". "Temos que isolar o Irã", frisou.

Os rascunhos das conclusões, negociadas durante vários dias, assinalavam que a UE "estava pronta" para adotar essas sanções, mas a posição evoluiu claramente ao longo do dia.

A UE já adotou sanções contra o Irã pela transferência de drones e de sua tecnologia à Rússia para uso na Ucrânia.

Nas conclusões da jornada inaugural da cúpula, os mandatários assinalaram que a UE "tomará medidas restritivas contra o Irã, especialmente em relação aos veículos aéreos não tripulados e mísseis".

A cúpula também condenou "energicamente e de forma inequívoca" o ataque do Irã a Israel com drones e mísseis, e reiterou o compromisso do bloco "com a segurança de Israel e a estabilidade regional".

Os mandatários dos países da UE acrescentaram que estavam preparados para "trabalhar com todos" os parceiros "para evitar uma escalada de tensões na região, especialmente no Líbano".

Na sessão desta quarta, os dirigentes europeus voltaram a abordar a situação na Ucrânia, e destacaram a urgência de transferir equipamentos de defesa aérea para esse país.

O texto das conclusões da cúpula "destaca a necessidade de proporcionar urgentemente defesa aérea à Ucrânia e de acelerar e intensificar a entrega de toda a assistência militar necessária".

Defesa aérea, um ponto crítico

A entrega de equipamentos de defesa aérea à Ucrânia marcou parte da jornada.

Ao chegar à reunião, o chefe de governo da Alemanha, Olaf Scholz, instou os outros países do bloco a seguirem o exemplo de Berlim e enviarem à Ucrânia equipamentos de defesa aérea Patriot.

Como já se tornou habitual, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, participou do evento por videoconferência e insistiu nos pedidos de equipamentos para defesa aérea.

Zelensky reforçou que aliados ocidentais tinham ajudado Israel com sucesso a interceptar drones e mísseis iranianos, e pediu que façam o mesmo com a Ucrânia em sua defesa dos projéteis russos.

"Na Ucrânia, lamentavelmente não temos o mesmo nível de defesa que vimos no Oriente Médio há poucos dias [...] O céu da Ucrânia e o céu de nossos vizinhos merecem a mesma segurança", destacou Zelensky em sua mensagem aos dirigentes dos países da UE.

Na tarde de hoje, a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, havia comentado aos jornalistas que o ocorrido nos céus de Israel "mostra que podemos fazer mais".

"Podemos proporcionar defesa aérea à Ucrânia da mesma maneira, de forma que seja capaz de prevenir esses ataques", acrescentou a premiê estoniana.

A Ucrânia admite que está ficando sem sistemas para abater mísseis e drones russos, no momento em que a Rússia multiplica seus bombardeios à infraestrutura ucraniana.

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