Brexit: em tese, o Reino Unido deixará a União Europeia no dia 29 de março (Yves Herman/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 09h56.
Londres - A ministra de Justiça da Alemanha, Karatina Barley, disse que não há espaço para uma renegociação substancial do acordo do Brexit, que regeria a retirada do Reino Unido da União Europeia. Na sua visão, o bloco poderia ser flexível sobre a data da separação, mas Londres precisa ter um plano para que um adiamento faça sentido.
Barley, que possui ascendência britânica e há muito tempo defende uma segunda consulta popular, também afirmou em entrevista à rádio SWR2 que essa volta aos eleitores "está se tornando mais provável a cada dia" devido ao caos político na Grã-Bretanha.
Membros do Parlamento britânico debatem nesta terça-feira o que fazer em seguida, já que em 15 de janeiro o acordo proposto pela primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, foi rejeitado na Câmara dos Comuns. Barley considera que o caminho será "difícil" se os legisladores optarem por buscar renegociar o entendimento alcançado até aqui com Bruxelas, "porque a UE não pode fazer mais concessões À Grã-Bretanha em relação aos pontos importantes".
A data do Brexit segue, a princípio, marcada para 29 de março. Barley disse que a UE estaria preparada para traçar um compromisso, mas "se não há qualquer plano para o que seria então diferente, um adiamento faz muito pouco sentido".