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UE "seguirá trabalhando" para implementar acordo nuclear com Irã

Um ano após sua entrada em vigor, pacto se encontra debilitado pelas críticas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump

Irã: "É um acordo que pensamos que tem um grande mérito e queremos seguir adiante" (Morteza Nikoubazl/Reuters)

Irã: "É um acordo que pensamos que tem um grande mérito e queremos seguir adiante" (Morteza Nikoubazl/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 09h57.

Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 09h58.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, reiterou nesta segunda-feira o apoio da União Europeia ao acordo com o Irã sobre sua política nuclear, um pacto debilitado um ano depois de sua entrada em vigor pelas críticas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

"A UE continuará trabalhando pelo respeito e pela implementação deste acordo extremamente importante, sobretudo para nossa segurança", disse Mogherini ao chegar a uma reunião de chanceleres europeus em Bruxelas, onde abordarão especialmente a situação na Síria.

Mogherini ressaltou os avanços tanto de Teerã quanto da comunidade internacional para "implementar plenamente" o acordo negociado entre o Irã e as grandes potências do 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha).

Em virtude do acordo, implementado há apenas um ano, a comunidade internacional se comprometia a levantar as sanções contra o Irã em troca de um controle de suas atividades nucleares.

Embora os europeus tenham reiterado seu apoio a este pacto, o próximo presidente americano, que tomará posse na sexta-feira, o classificou como "um dos piores acordos já alcançados", em uma entrevista ao jornal britânico The Times e alemão Bild.

"Não quero dizer o que vou fazer com o acordo com o Irã (...) Mas não estou feliz com o acordo", indicou Donald Trump, que durante a campanha eleitoral prometeu rompê-lo e reiterou suas críticas desde então. O futuro secretário de Estado americano, Rex Tillerson, defendeu uma revisão completa do pacto.

Para o Reino Unido, embora seja um acordo "difícil e controverso", ele impediu que os iranianos "tomassem o controle da tecnologia nuclear que eles teriam adquirido".

"É um acordo que pensamos que tem um grande mérito e queremos seguir adiante" com ele, disse o ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson.

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