União Europeia: 28 Estados da UE decidiram, em reunião em Bruxelas, restringir os vistos e congelar os bens em território comunitário destas pessoas (Georges Gobet/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2014 às 11h00.
Bruxelas - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) decidiram nesta segunda-feira sancionar 21 russos e ucranianos considerados responsáveis pela instabilidade na república autônoma ucraniana da Crimeia.
Os 28 Estados da UE decidiram, em reunião em Bruxelas, restringir os vistos e congelar os bens em território comunitário destas pessoas, segundo informou pelo Twitter o ministro lituano das Relações Exteriores, Linas Linkevicius, que advertiu que serão aprovadas "mais medidas nos próximos dias".
Trata-se de 13 russos e 8 ucranianos, segundo confirmaram fontes diplomáticas, que acrescentaram que a esta lista de sancionados poderiam se unir mais nomes na cúpula que os chefes de Estado e do governo da UE realizarão nos próximos dias 20 e 21 de março.
A lista com o nome dos sancionados será revelada nesta tarde, quando for publicada com urgência no Diário Oficial da União, confirmaram à Agência Efe fontes comunitárias.
Os líderes europeus acordaram em 6 de março uma primeira rodada de sanções contra a Rússia mediante a suspensão da negociação para liberalizar vistos e para um novo acordo marco.
Os ministros das Relações Exteriores passaram hoje à segunda fase de sanções que apontou o Conselho Europeu, que inclui a restrição de vistos e ativos aos que considera responsáveis pela instabilidade na Crimeia.
Em uma terceira fase de medidas restritivas, se não melhorar a situação, o Conselho Europeu contempla opções que podem ter "consequências" para as relações entre a UE e Rússia em diversas áreas econômicas.
Fontes diplomáticas indicaram que ainda não se espera chegar a esse extremo na cúpula desta semana, mas que, sim, a lista de pessoas sancionadas individualmente poderia ser ampliada.
Os ministros europeus também mostraram rejeição unânime ao referendo organizado por forças pró-Rússia na Crimeia, que consideraram "ilegal" por não se ajustar nem à Constituição ucraniana nem às leis internacionais.
Ao todo, 96,77% dos crimeanos que participaram do referendo deste domingo votaram a favor da reunificação com a Rússia, segundo os números definitivos divulgados hoje por Mikhail Málishev, chefe da comissão eleitoral da república autônoma ucraniana da Crimeia.