Bandeira da União Europeia (Philippe Huguen/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2013 às 14h47.
Dublin - A União Europeia anunciou nesta terça-feira que voltará a prestar socorro ao desenvolvimento do Mali com um montante de cerca de 250 milhões de euros, depois que as autoridades do país africano se comprometeram a restaurar a 'democracia e a estabilidade', segundo o comissário europeu de Desenvolvimento, Andris Piebalgs.
Piebalgs comunicou a notícia ao término de um encontro informal de ministros e responsáveis comunitários de Desenvolvimento, organizada em Dublin pelo Governo irlandês, que desempenha a Presidência rotativa da União Europeia durante o primeiro semestre do ano.
Após dois dias de reuniões, o comissário afirmou que a Comissão Europeia destinará 'cerca de 250 milhões de euros' para 'restaurar gradualmente uma ajuda ao desenvolvimento encaminhada a responder às necessidades urgentes' da população do Mali.
Esta tinha sido uma das principais questões colocadas pelo Governo espanhol durante a reunião informal em Dublin, segundo explicou à Agência Efe o secretário-geral de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, Gonzalo Robles.
Em nome do Executivo de Madri, Robles tinha pedido que a Comissão Europeia 'reagisse rapidamente' e 'mobilizasse seus recursos' humanitários no Mali.
O Executivo comunitário decidiu em 23 de março suspender temporariamente a ajuda europeia ao desenvolvimento no Mali como consequência do golpe de Estado ocorrido nesse país.
Antes da intervenção militar, a Comissão tinha previsto entregar 583 milhões de euros ao Mali entre 2008 e 2013, com a intenção de reforçar um desenvolvimento econômico sustentável e financiar programas de alimentação, melhorar o acesso à água potável, apoiar à população civil e à política migratória.
Segundo explicou Piebalgs, a reativação da ajuda foi possível 'graças à rápida adoção por parte das autoridades malinesas de um roteiro de transição encaminhado a restaurar a democracia e estabilidade'.
O comissário afirmou que a UE demonstrou que 'está há muito tempo' comprometida com o Mali, contribuindo 'com uma ambiciosa resposta que aborda as raízes da crise'.
'Ajudaremos o país a restaurar a democracia e a paz centrando-se principalmente na reconciliação, na prevenção de conflitos e no apoio do processo eleitoral. Também colocaremos novas propostas para contribuir à reativação da economia', declarou Piebalgs.