Em junho, a UE revisou as restrições sanitárias e permitiu que turistas americanos viajassem para o bloco (Nicolas Economou/Getty Images)
A União Europeia (UE) avalia nesta quinta-feira, 26, a possibilidade de retomar as restrições aos viajantes dos Estados Unidos, devido ao aumento do número de casos de covid-19 no país.
A mudança foi recomendada pela Eslovênia, que detém a presidência rotativa da UE e é responsável por gerenciar a lista dos países permitidos para viagens não essenciais. Entretanto, a avaliação sofre forte pressão do setor de turismo do bloco.
No caso, barrar visitantes da maior economia do mundo seria um golpe para as companhias aéreas e para as empresas de viagens que defendem a reabertura total das lucrativas rotas transatlânticas.
“Retomar os bloqueios seria decepcionante para as companhias aéreas da Europa, sem mencionar nosso setor de turismo, que se beneficiou muito com o fluxo de viajantes americanos desde que as restrições foram removidas em junho”, disse o grupo de lobistas Airlines for Europe, em um comunicado na quarta-feira.
As rotas aéreas entre a UE e os EUA atingiram quase 50% dos níveis pré-pandêmicos depois que Bruxelas decidiu permitir a entrada de americanos totalmente vacinados em junho. O número de assentos programados dos EUA para a Europa Ocidental é de 8,6 milhões até agora este ano, de acordo com dados da OAG.
A Lufthansa disse no início deste mês que já se prepara para a abertura completa da América do Norte no final do verão, enquanto a Air France planeja retomar 70% de sua capacidade, prevendo um retorno no fluxo de passageiros.
Os EUA tiveram 507 novos casos de covid-19 por 100.000 habitantes nas duas primeiras semanas de agosto, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, bem acima do limite de 75 estabelecido nas diretrizes da UE.