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UE quer avanços em negociações do Brexit até junho

27 sócios de Londres buscam um acordo final antes de novembro para facilitar o processo de ratificação no bloco, incluindo o Reino Unido

Brexit: a retirada oficial dos britânicos da UE está prevista para março de 2019 (Toby Melville/Reuters)

Brexit: a retirada oficial dos britânicos da UE está prevista para março de 2019 (Toby Melville/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de maio de 2018 às 20h43.

Última atualização em 14 de maio de 2018 às 21h41.

O negociador da União Europeia (UE) para o Brexit, Michel Barnier, aumentou a pressão sobre Londres para avançar nas negociações de divórcio antes da cúpula europeia de junho, com o objetivo de finalizar o acordo até novembro.

"Restam duas rodadas de negociações até o mês de junho e ninguém deve subestimar o encontro chave do mês de junho", disse Barnier em coletiva de imprensa em Bruxelas sobre o futuro da política de segurança e defesa após o Brexit.

A retirada oficial dos britânicos da UE está prevista para o final de março de 2019, e os 27 sócios de Londres buscam um acordo final antes de novembro para facilitar o processo de ratificação no bloco, incluindo o Reino Unido.

Barnier, que negocia em nome dos 27, indicou que foram realizados "pequenos progressos" desde março, quando foi alcançado um acordo sobre um período de transição de 20 meses, após um acordo inicial sobre os termos do divórcio, em dezembro.

O "risco de fracasso" passa, na opinião do negociador europeu, por dois pontos de desencontro: a discordância do Reino Unido de que o Tribunal de Justiça da UE (TJUE) resolva sobre eventuais disputas sobre o acordo de retirada e a questão irlandesa.

"No contexto do acordo de retirada, devem haver soluções operacionais para Irlanda e [a província britânica da] Irlanda do Norte", reiterou Barnier.

Durante uma coletiva de imprensa ao fim de reunião dos 27 parceiros de Reino Unido sobre as negociações, a presidência 'pro tempore' da UE, exercida pela Bulgária, criticou as soluções propostas por Londres até o momento.

"O que o Reino Unido propõe (...) é sinônimo de uma fronteira dura", disse a ministra búlgara Ekaterina Zaharieva, acrescentando que ambas as partes "tentam arduamente encontrar soluções para este problema complicado".

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