Segurança: para conseguir cumprir esse objetivo, a CE sugere uma atualização do Sistema Europeu de Informações sobre Registros Criminais (Eric Gaillard / Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 13h51.
Estrasburgo - A Comissão Europeia (CE) pediu nesta terça-feira que os países da União Europeia (UE) reforcem a troca de informações sobre antecedentes criminais para combater o terrorismo e outros delitos graves dentro do bloco.
Após os atentados de Paris no último dia 13 de novembro, que mataram 130 pessoas, promover a cooperação judicial entre os países é algo "mais prioritário do que nunca", avaliou em entrevista coletiva a comissária europeia de Justiça, Vera Jourová.
Para conseguir cumprir esse objetivo, a CE sugere uma atualização do Sistema Europeu de Informações sobre Registros Criminais (Ecris, na sigla em inglês), que existe desde abril de 2012, e incluir informações, como as impressões digitais, de cidadãos de países de fora da UE.
"O Ecris é uma ferramenta importante contra o crime além das fronteiras, porque permite que os países-membros troquem informações sobre delitos anteriores em qualquer parte da UE. Juízes, promotores e a polícia estarão equipados para uma cooperação que garanta a segurança de todos. E, ao incluir as impressões digitais das pessoas de fora da UE, teremos uma ferramenta forte para combater o uso de identidades falsas", explicou a comissária europeia de Justiça.
O Ecris conecta as bases de dados de cada país para que eles troquem informações sobre antecedentes criminais. Anteriormente, o sistema se limitava aos cidadãos dos países-membros da UE.
Agora, com a mudança proposta pela CE, as informações sobre as demais pessoas de fora do bloco ficariam à disposição dos demais governos.
Jourová apresentará a medida durante o conselho informou de ministros de Justiça, marcada para ocorrer na próxima terça-feira, em Amsterdã.
Depois, a proposta terá que ser aprovada pelo Conselho da UE e pelo parlamento europeu.