Mundo

UE prepara reunião extraordinária por conflito no Iraque

União Europeia prepara uma reunião extraordinária dos chefes da diplomacia sobre o conflito no Iraque, que pode ser realizada ainda nesta semana

A alta representante da UE, Catherine Ashton: França e Itália haviam exigido encontro (Thierry Charlier/AFP)

A alta representante da UE, Catherine Ashton: França e Itália haviam exigido encontro (Thierry Charlier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 09h58.

Bruxelas - A União Europeia prepara uma reunião extraordinária dos chefes da diplomacia sobre o conflito no Iraque, que pode ser realizada ainda nesta semana, anunciou nesta quarta-feira um porta-voz dos serviços da alta representante, Catherine Ashton.

"Ashton está disposta a reunir a partir desta semana os ministros europeus das Relações Exteriores e está verificando com os Estados se é possível", indicou um de seus porta-vozes.

França e Itália haviam exigido este encontro diante das demandas de armas dos curdos iraquianos para combater os jihadistas.

Os embaixadores da UE reunidos na terça-feira concordaram em "reforçar urgentemente a coordenação humanitária e ter acesso às populações deslocadas" no Iraque, além de permitir que os Estados membros que desejarem entreguem armas aos combatentes curdos.

Enquanto a França anunciou nesta quarta-feira que enviará armas ao Iraque nas próximas horas, outros países da UE, como Suécia, se opõem categoricamente a esta ação.

A França enviará nas próximas horas armas ao Iraque para apoiar a capacidade operacional das forças que lutam contra o Estado Islâmico (EI), os jihadistas que avançam em direção a Bagdá, anunciou nesta quarta-feira em um comunicado o Palácio do Eliseu.

"Com o objetivo de responder às necessidades urgentes expressadas pelas autoridades da (região autônoma) do Curdistão, o chefe de Estado (François Hollande) decidiu, em acordo com Bagdá, enviará armas nas próximas horas", segundo a nota.

O Eliseu lembra a reunião da última quinta-feira entre Hollande e o presidente do Curdistão iraquiano, Massud Barzani, e declara que "há vários dias a França já tomou as ações necessárias para apoiar a capacidade operacional das forças que lutam contra o Estado Islâmico".

"A situação catastrófica que a população enfrenta na região do Curdistão iraquiano requer que a mobilização da comunidade internacional continue e se amplie", destaca a presidência francesa.

Por isso, a França quer "desempenhar um papel ativo fornecendo, em inteligência com seus sócios e com as novas autoridades iraquianas, toda a ajuda necessária".

A presidência afirma que "nos últimos dias foram realizadas as primeiras entregas de ajuda humanitária" e que elas vão continuar. Hollande pediu ao seu chanceler, Laurent Fabius, "que siga pessoalmente a questão", afirma o comunicado.

No domingo, a França entregou 18 toneladas de ajuda humanitária na cidade de Erbil. Um segundo avião francês carregado de ajuda humanitária chegou nesta quarta-feira, de acordo com o ministério francês das Relações Exteriores, com 20 toneladas de medicamentos, barracas e material de tratamento e distribuição de água para 50.000 pessoas.

No comunicado, a presidência francesa reitera o apoio ao novo primeiro-ministro iraquiano Haidar al-Abadi e pede a criação de "um governo de unidade, representativo de todas as comunidades iraquianas, pra lutar de forma eficaz contra o Estado Islâmico".

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaEstado IslâmicoEuropaIraqueIslamismoUnião Europeia

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA