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UE pede união entre políticos gregos e austeridade

País absorveu toda a atenção hoje, à medida que o primeiro-ministro, George Papandreou, busca a aprovação do parlamento de um impopular pacote de austeridade

Sem uma assistência, a Grécia não deverá conseguir pagar suas obrigações nas próximas semanas (John Thys/AFP)

Sem uma assistência, a Grécia não deverá conseguir pagar suas obrigações nas próximas semanas (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2011 às 17h30.

Bruxelas - Os chefes de governo da União Europeia iniciaram hoje negociações cruciais de 24 horas sobre a Grécia, com os Estados-membros prometendo não abandonar o país, mas pedindo implementação rigorosa de medidas de austeridade e unidade maior entre os políticos gregos.

Mas, após meses de perspectiva de que a cúpula desta semana seria um momento de definição sobre a resposta da Europa à crise da dívida, as divisões sobre os detalhes do segundo socorro financeiro à Grécia e atrasos na conclusão do pacote de reformas econômicas da nação significam que haverá muito trabalho a fazer nas próximas semanas.

A Grécia absorveu toda a atenção hoje, à medida que o governo do primeiro-ministro, George Papandreou, busca a aprovação do parlamento de um impopular pacote de austeridade de 28 bilhões de euros (US$ 40 bilhões). Os líderes europeus ofereceram mais ajuda à Grécia, mas com a condição de que as medidas de austeridade do governo fossem aprovadas no parlamento no voto previsto para o dia 30 de junho, uma demanda que eles reiteraram hoje.

Sem essa assistência, a Grécia não deverá conseguir pagar suas obrigações nas próximas semanas.

"Hoje vamos pedir aos líderes e cidadãos da Grécia que estejam à altura das circunstâncias e do que precisa ser feito", disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. "Vai ser difícil e doloroso, mas é a única maneira de sair desta crise. Uma nação indivisível, focada e totalmente comprometida não será abandonada."

Antes de a cúpula ser formalmente iniciada, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, Papandreou, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, se reuniram para conversações.

Um alto funcionário grego disse que Papandreou usaria a reunião para atualizar os seus colegas sobre as últimas medidas tomadas pelo governo grego e para tranquilizá-los que o pacote de austeridade ganharia apoio. Trichet não quis comentar o assunto antes da reunião, mas prometeu fazer observações mais tarde.

No seu caminho para o encontro, Merkel soou uma nota que foi ecoada amplamente: que os políticos da Grécia precisam ficar unidos sobre a situação econômica. A chanceler alemã disse que está fazendo "um apelo para que a oposição assuma sua responsabilidade".


O primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, também urgiu o governo e a oposição da Grécia para que trabalhem juntos. "Se os líderes políticos estiveram unidos por trás desses esforços, acho que você verá os resultados mais rápido", disse Reinfeldt.

No entanto, parece que esses apelos caíram em ouvidos surdos. Em declarações hoje à tarde após uma reunião de partidos de centro-direita europeus, o líder da oposição grega Antonis Samaras disse que "o atual conjunto de políticas implementadas pelo governo socialista pede mais impostos numa uma economia que está sob uma pressão sem precedentes."

"Nós precisamos de medidas corretivas para garantir que a economia grega se recupere e pague sua dívida", declarou Samaras.

Os ministros das Finanças da zona do euro se reunirão outra vez no dia 3 de julho para fechar um acordo sobre mais detalhes do segundo pacote de socorro para a Grécia, o que incluirá a participação de credores privados do país. Eles prometeram concluir o acordo no dia 11 de julho. As informações são da Dow Jones.

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