Sobrevivente de suposto ataque químico na Síria: oposição denunciou hoje que governo fez ataque com armas químicas que deixou mais de 1.100 mortos (Mohamed Abdullah /Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2013 às 10h42.
Bruxelas - Países da União Europeia (UE) pediram nesta quarta-feira que a Síria permita a ONU investigar o uso de armas químicas e ter acesso sem restrições a uma área próxima a Damasco onde teria ocorrido um ataque por parte do governo.
A oposição denunciou hoje que o regime lançou um ataque com armas químicas em várias localidades de Damasco que deixou mais de 1.100 mortos. O exército sírio negou as acusações.
Uma missão da ONU para investigar o suposto uso de armas químicas na Síria chegou há três dias no país.
"Estamos à espera de mais informação, mas se for comprovado, seria uma escalada estremecedora no uso das armas químicas na Síria", afirmou o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague.
"Se for confirmado, não será somente um massacre, mas uma atrocidade sem precedentes. A missão da ONU precisa imediatamente investigar o ataque", disse o ministro francês, Laurent Fabius.
Já o porta-voz do governo francês afirmou que o presidente do país, François Hollande, "anunciou sua intenção de pedir à ONU que a missão se desloque até os locais do ataque para desenvolver uma investigação".
O ministro sueco de Relações Exteriores, Carl Bildt, também demonstrou sua preocupação com as informações.
"Peço que deem permissão para a missão ter acesso imediato aos locais para podermos ter conhecimento dos fatos. O ataque ocorreu no mesmo dia da inspeção de armas da ONU, portanto a missão está justamente ao lado", afirmou.
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, pediu que a missão da ONU se dirija imediatamente à periferia de Damasco para investigar os ataques de hoje.
Em comunicado, Al Arabi "condenou o crime terrível que causou a morte de sírios pelo uso de gases tóxicos e bombardeios contra Guta Oriental".
Araby pediu aos investigadores da ONU que apurem o ocorrido, que segundo ele trata-se de uma "violação da lei internacional humanitária".
Além disso, fez uma chamada para que organizações médicas e de salvamento, tanto árabes como internacionais, assim como as agências da ONU, atuem imediatamente para salvar os feridos.