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UE não reconhece mais Guaidó como presidente interino da Venezuela

Guaidó ainda é visto pelos EUA e pelo Reino Unido como líder legítimo da Venezuela após a reeleição controversa do presidente Nicolás Maduro em 2018

UE: um comunicado nesta quarta-feira ameaçou mais sanções contra o governo de Maduro, além de um embargo de armas e sanções já impostas a autoridades venezuelanas (Bloomberg/Bloomberg)

UE: um comunicado nesta quarta-feira ameaçou mais sanções contra o governo de Maduro, além de um embargo de armas e sanções já impostas a autoridades venezuelanas (Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 15h59.

Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 16h17.

A União Europeia não pode mais reconhecer legalmente o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como chefe de Estado legítimo do país, depois que ele perdeu a posição de chefe do Parlamento, disseram os 27 governos do bloco nesta quarta-feira.

Guaidó ainda é visto pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido como líder legítimo da Venezuela após a reeleição controversa do presidente Nicolás Maduro em 2018, e dois diplomatas da UE enfatizaram que a UE ainda não reconheceu Maduro como presidente.

Um comunicado da UE nesta quarta-feira ameaçou mais sanções contra o governo de Maduro, além de um embargo de armas e sanções já impostas a autoridades venezuelanas, para condenar o que considera violações de direitos e ruptura da democracia.

Mas os governos da UE referiram-se a Guaidó como um dos "representantes de saída da Assembleia Nacional”, no comunicado em que condenaram uma eleição parlamentar de 6 de dezembro que muitos países dizem ter sido fraudada. A nova assembleia, agora controlada por apoiadores de Maduro, começou os trabalhos nesta quarta-feira.

Enquanto a Venezuela afundava em uma crise que provocou emigração em massa e hiperinflação, Guaidó era a figura unificadora que liderou protestos para buscar o fim do governo Maduro.

Os dois diplomatas da UE disseram que Guaidó continua sendo uma das figuras pró-democracia mais importantes na Venezuela, onde a UE, os Estados Unidos, o Reino Unido e países da América Latina desejam mediar a organização de eleições livres e justas.

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