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Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2010 às 13h30.
Bruxelas - As alfândegas da União Europeia interceptaram 43.570 cargas de produtos falsificados em 2009, uma queda de 12% com relação ao ano anterior, segundo um relatório publicado hoje pela Comissão Europeia (CE).
Este descenso, o primeiro após sete anos de aumentos contínuos, se deve "ao impacto da crise econômica internacional nas atividades comerciais", segundo explica o Executivo comunitário no documento.
As autoridades alfandegárias da UE "trabalham e é cada vez mais difícil detectar os produtos falsificados", assinalou um analista da Comissão.
O notável aumento do número de intervenções alfandegárias na última década - de 5 mil casos de 1999 para 43,5 mil em 2009 - reflete esta tendência, assim como "uma cooperação mais estreita com o setor privado, e uma maior eficácia dos controles alfandegários", segundo o relatório.
Conforme o relatório, o contrabando afeta "bens utilizados pelos consumidores na vida cotidiana", enquanto anteriormente os mais falsificados eram os produtos de luxo.
Os cigarros são os produtos campeões de apreensões, com 19% do total, seguido de outros produtos relacionados com o tabaco, como os puros e o papel de fumar, 16%.
Em terceiro lugar se situaram os rótulos e os adesivos (13%), seguidos dos remédios e preservativos (10%), os brinquedos e videogames (6%), os CD e DVD virgens (5%) e a roupa, com o mesmo percentual.
Entre as tendências à alta das falsificações figuram os artigos de beleza e maquiagem, os remédios e os bens vendidos através de internet, destacou o analista da Comissão.
O aumento de intercepções de envios postais - a única via de entrada das falsificações à UE que registrou uma alta anual de casos - reflete a crescente atividade comercial ilícita na rede, já que a maior parte dos produtos falsos comprados em linha é enviada pelo correio, acrescentou a fonte da CE.
A primeira via de entrada à União das falsificações continua sendo a aérea, 38%. Em terceiro, e a grande distância dos dois primeiros, o transporte por estrada (13%), seguido pelo marítimo (9%).
China se mantém como principal país de origem das falsificações que chegam à UE, com 64% do total de casos interceptados.
Este país lidera oito das 11 categorias gerais de bens falsificados, e em três delas é o líder absoluto, com 80% e mais do total de casos detectados nas alfândegas europeias: os produtos elétricos e eletrônicos, os celulares e seus acessórios e o calçado.