François Hollande: "devemos nos fixar nesse objetivo para que esse regime caía o mais rápido possível", ressaltou sobre o governo Assad na Síria (©AFP / Martin Bureau)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 08h23.
Bruxelas - Os chefes de Estado e Governo da União Europeia (UE) reataram nesta sexta-feira a cúpula que está sendo realizada em Bruxelas, a qual, em seu segundo dia, ficará restrita ao temas de política externa, como o conflito sírio, a política comum de defesa e a ampliação desses mecanismos.
Em sua chegada à reunião, o presidente francês, François Hollande, afirmou que, em relação à Síria, o objetivo do grupo dos 27 é facilitar o fim do regime de Bashar al Assad.
Neste aspecto, Hollande lembrou que a França foi o primeiro país a reconhecer a Coalizão Nacional de Forças da Oposição e da Revolução Síria, a mesma que "hoje é aceita pela maioria dos países como um representante legítimo do povo sírio".
"No terreno, há uma guerra que agora se mostra contra Bashar al Assad. Devemos nos fixar nesse objetivo para que esse regime caía o mais rápido possível", ressaltou.
No primeiro dia de reunião, que só foi encerrado durante a madrugada, os chefes de Estado e Governo da UE abordaram apenas temas econômicos, mas não alcançaram avanços significativos em relação à criação de um possível roteiro para superar os problemas estruturais da economia comunitária e avançar em direção à união econômica e monetária (UEM).
Em relação a esse tema, o presidente francês afirmou hoje que a UE "fez um bom trabalho em 2012 e, por isso, parte com mais confiança rumo a 2013".
"Temos a responsabilidade de criar uma Europa mais solidária e forte. Que não faça de suas dificuldades um espetáculo perante o mundo. Acho que essa época terminou", acrescentou.
Ontem, o grupo dos 27 perdeu o ímpeto inicial que resultou na definição dos aguardados acordos sobre a Grécia e a supervisão bancária única, evidenciando suas diferenças em torno da ideia de criação de um fundo solidário para fazer frente ao desemprego e outros problemas nos países em crise.
Apesar da falta de definição sobre estes temas, os chefes de Estado e Governo da UE pretendem passar essa página hoje e se dedicar à questão da política externa, expressando seu apoio à plataforma da oposição síria como um representante legítimo do povo sírio.
Por outro lado, as autoridades também prevêem a aprovação de algumas conclusões para impulsionar uma política comum de defesa em 2013 e respaldar a política de ampliação da Comissão Europeia.