Dmitri Rogozin, vice-primeiro-ministro russo: medida entrou em vigor rapidamente ao ser publicada hoje (Gerard Cerles/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2014 às 13h23.
Bruxelas - A União Europeia (UE) incluiu nesta sexta-feira o vice-primeiro-ministro russo, Dimtri Rogozin, ex-embaixador de Moscou perante a Otan, e Vladislav Surkov, assessor do presidente Vladimir Putin, entre os doze novos sancionados russos e ucranianos por atentar contra a soberania da Ucrânia na região da Crimeia.
A medida, estipulada pelos líderes comunitários na cúpula realizada em Bruxelas (Bélgica), entrou em vigor rapidamente ao ser publicada hoje no Diário Oficial da UE.
Deste modo, a lista negra criada no dia 17 de março sobe para 33 pessoas, que tiveram seus bens congelados e foram proibidos de viajar para território do bloco europeu por seu envolvimento na organização do referendo para a anexação da Crimeia à Rússia.
Entre os novos nomes que a UE acrescentou à lista também estão o da presidente do Conselho da Federação (Senado), Valentina Matvienko.
Todos eles já tinham sido sancionados pelos Estados Unidos na primeira série de medidas restritivas contra responsáveis pela ameaça para a soberania e integridade territorial ucraniana.
A UE também somou a sua lista o presidente da Duma, Sergei Narishkin; o chefe da agência de notícias pública "Rossiya Segodnia" (Rússia Hoje), Dmitri Kiseliov, e os vice-comandantes da Frota do Mar Negro Alexander Nosatov e Valeri Kulikov.
Além disso, o presidente da Comissão Eleitoral da Crimeia, Mikhail Malishev; o presidente da Comissão Eleitoral de Sebastopol, Valeri Medvedev; o comandante das forças russas na Crimeia, Igor Turcheniuk, e a deputada russa Elena Mizúlina também foram punidas.
A UE detalhou no "Diário Oficial" que estas pessoas foram sancionadas por "pedir publicamente a anexação da Crimeia" à Rússia, apoiar no Conselho da Federação o desdobramento de tropas russas na Ucrânia ou por ratificar os resultados do referendo.
Em sua primeira lista de sancionados, a UE tinha incluído nomes como do comandante da Frota do Mar Negro, Aleksandr Vitko, e do primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Axionov.
*Atualizada às 13h22 do dia 21/03/2014