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UE exige que Mali averigue os abusos de seus soldados

A advertência europeia chega depois que a ONU tenha constatado abusos graves tanto por parte dos grupos jihadistas, como em zonas sob a autoridade do Governo de Bamaco


	Soldados do Mali: "A UE está disposta a oferecer o apoio apropriado para lutar contra estes abusos", assinalaram os ministros dos 27 países.
 (Adama Diarra/Reuters)

Soldados do Mali: "A UE está disposta a oferecer o apoio apropriado para lutar contra estes abusos", assinalaram os ministros dos 27 países. (Adama Diarra/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 12h12.

Bruxelas - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) expressaram nesta quinta-feira sua preocupação pelos supostos abusos e violações dos direitos humanos cometidos por soldados malineses e exigiram das autoridades de Bamaco que os averiguem e persigam os responsáveis.

"Todos os autores de violações dos direitos humanos devem ser feitos responsáveis por seus atos", assinalaram os ministros dos 27 países em uma declaração escrita.

A advertência europeia chega depois que a ONU tenha constatado abusos graves tanto por parte dos grupos jihadistas que desde junho de 2012 e até o começo da intervenção francesa, no último dia 11, controlavam o norte do Mali, como em zonas sob a autoridade do Governo de Bamaco.

Essas violações dos direitos humanos desencadearam uma investigação por parte do Tribunal Penal Internacional (TPI), que esta semana fez um apelo às autoridades malinesas para que ponham fim à situação.

"A UE está disposta a oferecer o apoio apropriado para lutar contra estes abusos", assinalaram os ministros dos 27, que pediram urgência ao desdobramento de observadores para garantir o respeito dos direitos humanos em todo o território do Mali.

A UE também lembraram às autoridades malinesas que "sua responsabilidade principal é a proteção da população civil" e que têm a obrigação de investigar os supostos abusos.


Os ministros das Relações Exteriores, que analisaram nesta quinta a situação no Mali, voltaram a respaldar a intervenção francesa no país africano e o apoio de outros Estados europeus.

Além disso, encorajaram a União Africana (UA) e a Comunidade Econômica de Estados de África Ocidental (Cedeao) a acelerar o desdobramento da força multinacional que intervirá no Mali sob mandato da ONU para apoiar o Governo malinês contra os grupos terroristas.

A UE também expressou sua satisfação pela adoção por parte das autoridades do Mali de um "roteiro" para a volta à ordem constitucional e confirmaram que com essa decisão se poderá restabelecer de forma gradual a ajuda à cooperação europeia, que o bloco mantém suspensa desde o golpe de Estado de 2012.

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