O ministro britânico, William Hague, defendeu que a comunidade internacional considere um 'aumento da pressão pacífica legítima' sobre o Irã (Kerim Okten/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2011 às 11h58.
Bruxelas- Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) exigiram nesta segunda-feira que o Irã coopere com a comunidade internacional sobre seu programa nuclear, e decidiram deixar para um próximo encontro a discussão sobre novas sanções contra o regime.
Os países europeus expressaram em um documento suas 'crescentes preocupações' sobre o desenvolvimento atômico iraniano, em referência ao último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que acusa o Irã de ter desenvolvido tecnologia necessária para fabricar armas nucleares.
'A União condena a contínua expansão do programa de enriquecimento iraniano', diz a nota, que ressalta a inquietação com os dados da AIEA sobre o desenvolvimento de tecnologia militar nuclear.
'Urgimos ao Irã que responda à preocupação da comunidade internacional sobre a natureza de seu programa nuclear através de uma total cooperação com a AIEA e demonstrando disposição a estabelecer discussões concretas para construir confiança', assinalam os ministros em um texto de conclusões.
No entanto, os países preferiram deixar a imposição de novas sanções para o futuro. 'O Conselho continuará examinando possíveis novas medidas e voltará a este assunto em seu próximo encontro, levando em conta as ações do Irã', afirmaram.
Na chegada ao encontro, vários ministros de Relações Exteriores europeus se pronunciaram a favor de aumentar a pressão sobre o Irã de forma urgente. O ministro francês, Alain Juppé, defendeu que é o momento de tomar uma posição firme, e o alemão, Guido Westerwelle, disse que novas sanções são 'inevitáveis' se o Irã não cooperar.
O ministro britânico, William Hague, defendeu que a comunidade internacional considere um 'aumento da pressão pacífica legítima' sobre o Irã e que, ao mesmo tempo, continue aberta a negociar com as autoridades do país sobre seu programa nuclear.
Além disso, Hague não descartou a opção de uma intervenção militar e ressaltou que 'todas as opções' devem estar sobre a mesa.