Aviões da Lufthansa e Germanwings estacionados no aeroporto de Dusseldorf (Patrick Stollarz/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2015 às 10h11.
BRUXELAS - Um regulador da União Europeia (UE) encontrou "problemas" com a autoridade de aviação da Alemanha, em uma revisão periódica sobre a execução de segurança aérea, afirmou a Comissão Europeia, que não precisou quando a revisão foi realizada.
Entretanto, o Wall Street Journal disse que a Comissão pediu, em novembro, que Berlim "remediasse problemas de longa data", meses antes da queda do avião da companhia aérea Germanwings, que matou todas as 150 pessoas que estavam a bordo.
Separadamente, a autoridade da aviação, a Luftfahrtbundesamt (LBA), disse à Reuters neste domingo que não sabia sobre o histórico médico do co-piloto Andreas Lubitz antes do acidente.
A controladora Lufthansa da Germanwings declarou que Lubitz disse a funcionários em uma escola de formação de companhia aérea que ele havia passado por um período de depressão grave no passado, levantando questões sobre se os controles médicos dos membros da tripulação realizados por reguladores de segurança e por companhias aéreas são suficientemente rigorosos.
Autoridades da UE constataram que o LBA tinha uma falta de pessoal, o que pode ter limitado sua capacidade de realizar controles necessários dos aviões e da tripulação, como exames médicos, informou o jornal, citando duas fontes familiarizadas com o assunto.
Entretanto, o jornal afirmou que não estava claro se as deficiências identificadas no LBA foram motivos para a queda.
A aprovação dos tripulantes para aviões está no centro das atenções, após a queda do avião. Promotores franceses afirmaram acreditar Lubitz derrubou o avião de propósito.
Questionada se centros médicos da Lufthansa haviam informado aos reguladores sobre a condição de Lubitz, a Lufthansa disse neste domingo que não comentaria, já que as investigações estão em andamento.