União Europeia: "Tenho bastante certeza de que nós teremos um acordo, não um compromisso, mas uma solução em fevereiro" (Simon Dawson/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 11h37.
Um acordo entre o governo do Reino Unido e a União Europeia deve sair em fevereiro, afirmou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.
"Tenho bastante certeza de que nós teremos um acordo, não um compromisso, mas uma solução em fevereiro", disse Juncker.
Questionado sobre o motivo de tamanha confiança no resultado do que ele mesmo descreveu como um "período delicado" de conversas sobre "temas muito difíceis", Juncker disse: "Meu conhecimento me permite dizer isso."
Na semana passada, algumas autoridades da UE mostraram dúvidas sobre a possibilidade de se chegar a um acordo em fevereiro.
Um acordo, porém, parece estar a caminho para atender todas as quatro demandas do premiê britânico, David Cameron, incluindo a delicada questão sobre permitir que os trabalhadores de outros países da UE tenham acesso ao sistema de bem-estar social apenas após quatro anos de residência no Reino Unido.
Segundo um graduado diplomata familiarizado com as conversas, o acordo deve ser passado para o papel no início de fevereiro, para que os líderes possam discuti-lo em sua reunião de Bruxelas em 18 e 19 de fevereiro.
As conversas continuam tão intensas que um acordo final pode sair em fevereiro, avaliou a fonte diplomática.
Cameron espera chegar a um acordo na reunião de fevereiro sobre mudanças em suas relações com a UE que na avaliação dele são necessárias para persuadir os britânicos a seguir no bloco, em plebiscito sobre o assunto.
Um acordo em fevereiro permitiria que Cameron convocasse essa votação popular mais cedo, talvez já em junho.
Duas fontes ligadas ao tema dizem que uma possibilidade avaliada é que uma exigência similar seja aplicada aos cidadãos britânicos, que teriam acesso a benefícios em outros países apenas após quatro anos de trabalho em outras nações da UE.
Isso evitaria, assim, uma discriminação entre cidadãos do bloco, o que é ilegal pelas regras da união.