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UE consideraria destruição de Palmira como crime de guerra

Pelo menos 462 pessoas morreram durante a ofensiva do EI contra a cidade histórica de Palmira e outras zonas do leste da província central síria de Homs


	Palmira: pelo menos 462 pessoas morreram durante a ofensiva do EI contra a cidade histórica de Palmira e outras zonas do leste da província central síria de Homs
 (AFP/ Joseph Eid)

Palmira: pelo menos 462 pessoas morreram durante a ofensiva do EI contra a cidade histórica de Palmira e outras zonas do leste da província central síria de Homs (AFP/ Joseph Eid)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 09h57.

Bruxelas - A União Europeia (UE) afirmou nesta quinta-feira que os assassinatos em massa e a destruição deliberada do local arqueológico sírio de Palmira por parte do Estado Islâmico (EI) seriam considerados crimes de guerra segundo o Estatuto de Roma.

A alta representante da UE para sua Política Externa, Federica Mogherini, disse hoje que essas ações do grupo terrorista islâmico EI contra o patrimônio cultural e arqueológico na Síria e Iraque "equivaleriam a crimes de guerra segundo o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional" (TPI), segundo um comunicado.

Pelo menos 462 pessoas morreram durante a ofensiva do EI contra a cidade histórica de Palmira e outras zonas do leste da província central síria de Homs.

Os jihadistas tomaram na quarta-feira o controle total de Palmira, cujas ruínas estão incluídas na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco e na lista de Lugares em Perigo pelo atual conflito da Síria.

A também vice-presidente da Comissão Europeia (CE) lembrou que com a ocupação de Palmira, "de novo centenas de pessoas morreram e há milhares expostas à violência arbitrária e aos que perpetram mais destruições de lugares culturais".

Mogherini ressaltou que perante essa situação "a UE tomou todas as medidas apropriadas" de acordo com a resolução 2199 do Conselho de Segurança das Nações Unidas para prevenir o comércio ilegal de propriedades culturais, como seu tráfico ilícito, "uma atividade que diretamente contribui para financiar o EI e outras organizações terroristas".

A chefe da diplomacia europeia ressaltou que a União Europeia apoia os esforços da ONU para acabar com o conflito na Síria que já dura quatro anos, assim como os da coalizão anti-EI que quer acabar com a expansão da organização terrorista.

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