Ashton: "enquanto a repressão continuar, a UE seguirá impondo sanções contra o regime (sírio)" (John Thys/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2012 às 11h10.
Luxemburgo - A União Europeia (UE) condenou nesta segunda-feira a "inaceitável" derrubada de um avião militar turco por parte da Síria e exigiu que Damasco permita uma investigação sobre o fato.
O pedido foi feito por 27 ministros das Relações Exteriores da UE, que estão reunidos em Luxemburgo. "A União Europeia assinala que este assunto deve ser investigado em profundidade e urgentemente. Pedimos que a Síria coopere totalmente com a Turquia e permita uma investigação imediata", assegurou o documento assinado pelos chanceleres.
Além disso, os ministros elogiaram a "responsável reação inicial da Turquia" diante do incidente. O governo de Ancara decidiu notificar o ataque à Otan, que analisará o caso amanhã, assim como ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Os chanceleres também condenaram a repressão exercida pelo regime sírio contra as revoltas populares e voltaram a exigir a renúncia do presidente do país, Bashar al Assad.
A UE apoiou o plano de paz do enviado especial da ONU, Kofi Annan, e pediu ao resto da comunidade internacional que aumente a pressão sobre Damasco.
Hoje, os 27 ministros aprovaram a décima sexta rodada de sanções contra o regime sírio desde o início do conflito no país, acrescentando uma pessoa e seis entidades à "lista negra".
Assim, são já 49 entidades que tiveram seus ativos bloqueados, enquanto a lista de pessoas (que também não podem entrar na Europa) tem 129 nomes.
"Enquanto a repressão continuar, a UE seguirá impondo sanções contra o regime", advertiu em comunicado a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.