O prazo foi ampliado até a segunda-feira, dia 13. Em comunicado, o Conselho Europeu diz que é preciso mais tempo para uma solução definitiva e de longo prazo (AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2015 às 13h59.
A União Europeia (UE) aprovou hoje a terceira prorrogação do prazo para concluir as difíceis negociações sobre o programa nuclear iraniano, em Viena.
O prazo foi ampliado até a segunda-feira, dia 13. Em comunicado, o Conselho Europeu diz que é preciso mais tempo para uma solução definitiva e de longo prazo.
“Visando dar mais tempo às negociações em curso para se encontrar uma solução de longo prazo para a questão nuclear iraniana, o Conselho Europeu – que representa os 28 Estados membros, prolongou até 13 de julho de 2015 a suspensão de medidas restritivas da UE contra o Irã", diz a nota. A UE suspendeu em janeiro de 2014 algumas sanções contra o Irão em sinal de boa vontade no âmbito das negociações.
As grandes potências do grupo 5 + 1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – mais a Alemanha) e o Irã estão reunidos há duas semanas na capital austríaca para tentarem concluir um acordo sobre o dossiê que “envenena” as relações internacionais há mais de 12 anos.
As negociações, começaram há cerca de dois anos e inicialmente seriam concluídas até 30 de junho. Foram prolongadas duas vezes e o último prazo terminava hoje (10) à noite.
O chefe da diplomacia britânica, Philip Hammond, tinha dito hoje que os ministros deveriam voltar a se reunir no sábado para tentar “ultrapassar os últimos obstáculos”.
As negociações avançam, mas continuam “penosamente lentas”, explicou. O acordo final deve garantir o caráter pacífico do programa nuclear iraniano, em troca de um levantamento das sanções internacionais que afetam a economia do Irã.
As sanções da UE suspensas ao longo destas negociações dizem respeito a setores-chave da economia iraniana como os produtos petroquímicos, o comércio de ouro e de metais preciosos e as transferências financeiras.
Este abrandamento respondeu a um compromisso de Teerã de congelar parte das suas atividades nucleares sob a vigilância dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica.
Não incluiu as sanções mais pesadas contra Teerã, como o embargo à venda de armas, a proibição de empréstimos governamentais às autoridades iranianas ou as exportações de petróleo e de gás. Além destas, a UE determinou a proibição de vistos a 94 pessoas e congelou os bens na Europa de 471 entidades, entre as quais o Banco Central iraniano.