A UE e o FMI constataram que ambos os países estão cumprindo as metas do programa e demonstrando seu compromisso para enfrentar as fragilidades das finanças públicas (Ian Waldie/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2011 às 12h52.
Bruxelas - A União Europeia (UE) aprovou nesta sexta-feira dois novos lances dos programas de resgate financeiro à Irlanda e Portugal, por 7,5 bilhões e 11,5 bilhões de euros, respectivamente.
A autorização para liberar os fundos foi estipulada depois que os supervisores internacionais - a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI) - confirmaram o avanço positivo das medidas de ajuste em ambos os países.
"Durante sua visita a Dublin na primeira metade de julho e a Lisboa no início de agosto, as três instituições comprovaram que o programa irlandês e português estão em bom caminho", indica o Conselho da UE em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
As instituições constataram que ambos os países estão cumprindo importantes metas do programa e demonstrando seu compromisso para enfrentar as fragilidades das finanças públicas e do setor financeiro, detalha a nota.
Dos 7,5 bilhões de euros que serão concedidos à Irlanda, 5,5 bilhões correspondem ao terceiro lance do resgate financeiro europeu e serão liberados em duas parcelas: 2,5 bilhões no final de setembro e 3 bilhões em outubro.
A parte restante será fornecida pelo FMI (1,5 bilhão) e Reino Unido (500 milhões).
Em 7 de dezembro, os países do bloco europeu decidiram dar seu apoio a um programa de resgate de 85 bilhões de euros à Irlanda, que incluía empréstimos da UE e de seus Estados-membros no valor de 45 bilhões, aos quais se somariam 22,5 bilhões do FMI e uma contribuição irlandesa de 17,5 bilhões.
Portugal, por sua vez, receberá seu terceiro lance de ajuda de 11,5 bilhões de euros, dos quais 7,6 bilhões serão financiados pela UE e 3,9 bilhões pelo FMI.
Estes fundos fazem parte do pacote de assistência financeira de 78 bilhões de euros estipulado em maio, dos quais 52 bilhões correspondem à UE e 26 bilhões ao FMI.
A decisão desta sexta-feira foi adotada por meio de um procedimento escrito pelos países da UE.