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UE apela por mediação com a Rússia sobre a Ucrânia

Ministros buscarão um equilíbrio entre pressionar Moscou e encontrar uma maneira de acalmar a situação


	Homem caminha com a bandeira da Rússia na Crimeia: Alemanha, França e Grã-Bretanha, as nações mais poderosas da UE, defendem a mediação, possivelmente por meio da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa
 (David Mdzinarishvili/AFP)

Homem caminha com a bandeira da Rússia na Crimeia: Alemanha, França e Grã-Bretanha, as nações mais poderosas da UE, defendem a mediação, possivelmente por meio da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (David Mdzinarishvili/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2014 às 14h57.

Bruxelas - Ministros das Relações Exteriores da União Europeia pressionarão na segunda-feira por uma mediação para se resolver a crise criada pela invasão da Crimeia pela Rússia, enquanto ameaçam com a possibilidade de sanções se a Rússia não recuar.

Em conversações de emergência convocadas depois que o presidente russo, Vladimir Putin, tomou a península da Crimeia e disse que tem o direito de invadir a Ucrânia, os ministros buscarão um equilíbrio entre pressionar Moscou e encontrar uma maneira de acalmar a situação.

Alemanha, França e Grã-Bretanha, as nações mais poderosas da UE, defendem a mediação, possivelmente por meio da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), embora não descartem medidas econômicas se Moscou não cooperar.

"Será mais importante do que nunca não cair no abismo de uma escalada militar", disse o ministro alemão Frank-Walter Steinmeier a jornalistas ao chegar para o encontro em Bruxelas.

A tomada da Crimeia criou a situação de maior confronto entre a Rússia e o Ocidente desde o colapso da União Soviética em 1991, um evento que certa vez Putin descreveu como a maior catástrofe geopolítica do século 20.

O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, disse que a França pressionará em dois frontes: "Há a condenação da intervenção russa e há a necessidade por mediação, por diálogo." Um esboço do comunicado que os ministros da UE farão, visto pela Reuters, usa a frase "forte condenação" e apela para a Rússia retirar imediatamente suas tropas. A linguagem "medidas focadas" contra a Rússia permanece entre parênteses, significando que ainda não há um acordo sobre isso entre todos os países membros.

Mas os governos da UE concordaram durante as conversas preparatórias em suspender discussões com a Rússia sobre vistos, imediatamente ou depois de dar a Moscou algum tempo para aliviar o conflito com a Ucrânia.

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