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UE anuncia 1,8 bi de euros para África conter a imigração

Os líderes africanos disseram que o valor é insuficiente


	Crise migratória: líderes africanos disseram que o valor é insuficiente
 (Georges Gobet/AFP)

Crise migratória: líderes africanos disseram que o valor é insuficiente (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2015 às 11h37.

Valeta, Malta - Os líderes da União Europeia (UE) aprovaram nesta quinta-feira um fundo de ajuda de 1,8 bilhão de euros (US$ 1,9 bilhão) para a África para combater a pobreza e os conflitos regionais e, consequentemente, conter a crise imigratória.

Além disso, a UE convidou seus 28 membros para contribuírem para duplicar este valor.

No entanto, os líderes africanos, que participaram de uma reunião com a UE em Malta, disseram que o valor é insuficiente e continuaram a resistir a um pedido feito pelos líderes europeus para receber de volta os imigrantes que não possuem o direito de permanecer na Europa.

"O fundo aborda as causas profundas da imigração", mas está longe de ser suficiente, disse o presidente do Níger, Mahamadou Issoufou. "Outros parceiros ainda precisam contribuir", acrescentou.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que os países da UE devem seguir a liderança do executivo da UE.

"Para o Fundo de ajuda à África e que nossa resposta seja credível, eu quero ver mais Estados membros contribuírem com o valor que a União Europeia apresentou, de 1,8 bilhão de euros", disse ele.

Mas a resposta até agora tem sido modesta: 25 países da UE, além de nações não pertencentes à UE, como a Noruega e a Suíça, anunciaram uma contribuição total de cerca de 78,2 milhões de euros.

Diante de um afluxo sem precedentes de imigrantes e refugiados, principalmente vindos do Oriente Médio, a UE quer desacelerar o fluxo de imigrantes da África, que fogem principalmente por causa de problemas econômicos, e tornar mais fácil a volta os que não receberam asilo.

Mas os governos africanos estão relutantes em aceitar devoluções forçadas de imigrantes que já estão na Europa, que enviam dinheiro de volta para seu país de origem e ajudam as economias locais.

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