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UE alerta que parceiros do bloco adotam medidas protecionistas

Segundo a União Europeia, os parceiros comerciais introduziram 130 novas medidas restritivas ao comércio internacional, o que representa 30% de aumento este ano

Karel De Gucht, comissário de Comércio europeu, condenou o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis adotado pelo Brasil (World Economic Forum/Wikimedia Commons)

Karel De Gucht, comissário de Comércio europeu, condenou o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis adotado pelo Brasil (World Economic Forum/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 07h57.

Brasília – A crise econômica internacional gera impactos em vários setores. O comissário do setor de comércio da União Europeia, Karel De Gucht, advertiu que foram adotadas medidas protecionistas pela maior parte dos parceiros comerciais do bloco, registrando mais de 30% de aumento apenas este ano. Segundo ele, os integrantes do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) não cumpriram seus compromissos.

Gucht disse que os integrantes do G20 “claramente não têm cumprido as promessas”. De acordo ele, basta observar as barreiras comerciais definidas às exportações. “No último ano, chegamos à conclusão que os parceiros comerciais da União Europeia introduziram 130 novas medidas restritivas ao comércio internacional, com 30% de aumento".

O comissário lamentou que a recuperação econômica em alguns países não foi considerada por governos parceiros da União Europeia. Recentemente, Gucht condenou as medidas que chamou de protecionistas definidas pelo Brasil e pela Argentina. No caso do Brasil, a reação foi contra o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis.

No último dia 10, o governo brasileiro lançou uma ofensiva para reagir aos impactos da crise econômica internacional. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou a adoção de práticas para preservar as negociações envolvendo os produtos brasileiros no exterior. As autoridades vão se reunir com os empresários para identificar as barreiras impostas por alguns países ao mercado nacional.

Inicialmente, a atenção do governo estará voltada para as áreas econômica e de promoção comercial nos setores de agronegócio e manufaturas. Patriota disse que o objetivo é “mapear as dificuldades” e buscar solução para elas.

A decisão ocorre no momento em que países da zona do euro (que reúne 17 nações da União Europeia), os Estados Unidos e a China adotam medidas protecionistas. Patriota destacou que o objetivo das medidas é “preservar os avanços alcançados e olhar para novos horizontes”. Segundo ele, o momento atual faz com que o Brasil busque novos parceiros externos e internos, inclusive na sociedade civil. De acordo com o chanceler, é necessário pensar no “benefício de toda a sociedade brasileira”.

Principal parceiro comercial e também um dos maiores concorrentes do Brasil no mercado internacional, a China vai ser monitorada pelos peritos brasileiros. Segundo Patriota, haverá uma força-tarefa na área de assuntos econômicos do Itamaraty, nas negociações comerciais. No total, serão adotadas 20 medidas, entre elas o estímulo à realização de feiras e eventos no exterior oferecendo oportunidades no Brasil. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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