Imagem de arquivo: O presidente ucraniano Petro Poroshenko anunciou que proporá à Rada Suprema ou Parlamento que aprove a imposição do estado de exceção (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
EFE
Publicado em 26 de novembro de 2018 às 06h59.
Última atualização em 26 de novembro de 2018 às 08h32.
Kiev - A Ucrânia pôs em alerta suas Forças Armadas diante do aumento das tensões com a Rússia por causa de um incidente protagonizado por navios de ambos os países perto do litoral da Crimeia, informou o Ministério de Defesa em comunicado.
"Em base da decisão do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia sobre a introdução de um estado de exceção, o chefe do Estado Maior Geral e comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia emitiu uma ordem para que as unidades das Forças Armadas da fossem postas em alerta de combate", diz a nota oficial.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou ontem à noite que proporá à Rada Suprema ou Parlamento que aprove a imposição do estado de exceção, após a captura este domingo de três navios da Marinha ucraniana por parte da Guarda-Costeira russa perto da Crimeia.
O Serviço de Segurança da Ucrânia anunciou através de outro comunicado que também pôs em alerta seus soldados "para evitar outras provocações dos serviços especiais da Rússia em território ucraniano".
O Ministério das Relações Exteriores deste país exigiu "o retorno imediato" dos tripulantes dos navios ucranianos aprisionados pela Rússia e pediu aos aliados "e parceiros da Ucrânia que tomem as medidas necessárias para conter a Rússia", entre novas sanções contra Moscou e a prestação de ajuda militar a Kiev.
O Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB) da Rússia confirmou por volta da meia-noite de domingo a na segunda-feira a captura na tarde do domingo de três lanchas e um rebocador em águas territoriais russas e quando realizavam "manobras perigosas", algo que Kiev nega.
O FSB também admitiu ter aberto fogo contra os navios ucranianos para obrigá-los a parar e acrescentou que sua Guarda-Costeira atendeu os tripulantes ucranianos feridos e que "sua vida não corre perigo". EFE