Barack Obama (D), com Petro Poroshenko: é a primeira conversa entre os dois políticos (AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2014 às 09h21.
Varsóvia - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que se reuniu nesta quarta-feira com o presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou após o encontro que o país europeu pode ser uma "próspera democracia" se contar com o apoio dos Estados Unidos e da comunidade internacional.
Obama pediu a outras nações que apoiem Poroshenko e seu novo governo, inclusive por meio da capacitação de seu exército e polícia, para assim fazer frente aos desafios que a Ucrânia enfrentará em uma nova etapa que se inicia, segundo informou a agência polonesa de notícias "PAP".
O presidente americano considerou além disso que a comunidade internacional deve garantir que a Rússia pare de apoiar os separatistas no leste da Ucrânia.
Os dois presidentes analisaram as medidas para restaurar a paz e favorecer o crescimento econômico na Ucrânia, com foco nas fórmulas para reduzir a dependência energética do país, que importa quase todo seu gás e petróleo que consome da Rússia.
Esta é a primeira conversa entre os dois políticos, que se encontram em Varsóvia para participar da celebração do 25º aniversário das primeiras eleições parcialmente livres realizadas na Polônia, em 1989, que significaram o princípio do fim do comunismo no país.
Segundo Obama, os ucranianos fizeram uma "escolha inteligente" ao optarem por entregar o poder a Poroshenko.
O presidente eleito da Ucrânia, por sua vez, agradeceu o apoio dos Estados Unidos e disse que a "fase crucial que está começando" no país.
Poroshenko, conhecido como o magnata ucraniano do chocolate, ganhou as eleições presidenciais realizadas na Ucrânia em 25 de maio.
Antes de se reunir com Obama, Poroshenko encontrou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e está previsto que esta tarde conversem com o presidente francês, François Hollande.
Enquanto isso, a Ucrânia vive dias de intensos combates. Segundo o porta-voz da operação lançada por Kiev contra os insurgentes, Vladislav Selezniov, o confronto deixou nas últimas 24 horas mais de 300 milicianos pró-Rússia mortos e 500 feridos nas regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk.