Ministro das Relações Exteriores Dmytro Kuleba (esq.) com sua contraparte francesa Catherine Colonna (centro) em Kiev (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 26 de junho de 2022 às 09h54.
Última atualização em 28 de junho de 2022 às 00h06.
O governo ucraniano exigiu neste domingo (26) aos países do G7 reunidos em uma cúpula na Alemanha mais armas e sanções contra Moscou, após os novos ataques russos em um bairro próximo ao centro da capital Kiev.
"A cúpula do G7 deve responder com mais sanções contra a Rússia e mais armas pesadas para a Ucrânia", pediu no Twitter o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, pedindo para "derrotar o imperialismo russo doentio".
A Rússia bombardeou um bairro residencial em Kiev, capital da Ucrânia, neste domingo, deixando pelo menos quatro feridos. "Uma menina de 7 anos dormia pacificamente em Kiev até que um míssil de cruzeiro russo explodiu seu prédio", lamentou o ministro das Relações Exteriores ucraniano.
A capital ucraniana não registrava ataques russos desde o início de junho e, segundo jornalistas da AFP presentes no local, um incêndio ocorreu nos três últimos andares do prédio.
O prefeito da capital ucraniana, Vitaly Klitschko, denunciou que o ataque foi uma forma de "intimidar os ucranianos (...) dada a proximidade da cúpula da Otan", que acontece a partir de terça-feira em Madri.
"É extremamente importante que nas cúpulas desta semana, o G7 e a Otan demonstrem que seu compromisso com a defesa da Ucrânia nunca será mais fraco do que o desejo de [Vladimir] Putin de tomá-la", disse Kuleba em um artigo de opinião escrito em conjunto com sua colega britânica Liz Truss no domingo.
O ministro mais uma vez pediu mais armas pesadas e o endurecimento das sanções contra "todos que contribuem para a guerra de Putin". Ele também pediu a suspensão das importações de energia russa.