Agência de Notícias
Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 13h10.
Última atualização em 29 de janeiro de 2025 às 13h24.
Algumas unidades do contingente de mais de 10 mil militares norte-coreanos que se juntaram às forças russas que lutam contra o Exército ucraniano na região russa de Kursk foram retiradas da linha de frente devido ao alto número de vítimas, segundo afirmou, nesta quarta-feira, o assessor da Presidência da Ucrânia, Mykhailo Podolyak.
“Parece que até Kim Jong-un valoriza mais a vida de seus súbditos do que Putin valoriza os russos”, escreveu Podolyak em sua conta na rede social X, citando “relatórios das Forças de Operações Especiais da Ucrânia” como fonte de informação sobre a retirada das unidades militares norte-coreanas.
O assessor do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acrescentou que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, considera a perda de 40% do pessoal destacado na Rússia que supostamente sofreu até o momento.
Segundo Zelensky, os mais de 10 mil militares norte-coreanos destacados na Rússia já sofreram mais de 4 mil baixas.
Podolyak também afirma que o presidente russo, Vladimir Putin, continua enviando “onda após onda” de soldados procedentes das regiões mais pobres da Rússia para atacar posições ucranianas a bordo de velhos automóveis Lada, motocicletas e outros veículos despreparados para situações de combate.
“As reservas de equipamento soviético, que pareciam intermináveis, estão esgotando. Especialistas previram que isso poria fim à guerra, mas a agressão continua, alimentada pela crueldade sem limites de Putin contra seu povo e outros", escreveu Podolyak.
A Rússia continua ganhando terreno de forma constante na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. Segundo o Exército ucraniano, as forças russas estão alcançando esses avanços a um alto preço em termos de perdas humanas e materiais.