Um ativista pró-Rússia segura uma bandeira russa atrás de um militar armado no topo de um veículo do exército russo, próximo a um posto de controle de fronteira na cidade de Balaclava, na Crimeia (Baz Ratner/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2014 às 10h55.
Kiev e Donetsk - A Ucrânia acusou neste sábado "agentes do Kremlin" de fomentarem violência e mortes em cidades de idioma russo no país e pediu que a população não se levante ante às provocações, que seus novos líderes temem que sejam usadas para justificar uma invasão mais profunda, depois da tomada da Crimeia.
O presidente em exercício da Ucrânia Oleksander Turchinov, em um discurso no Parlamento, referiu-se às três mortes nos últimos dois dias em Donetsk e Kharkiv e disse que há um "perigo real" de uma invasão de forças russas pela fronteira leste da Ucrânia.
Falando a membros do partido do presidente deposto, que era pró-Moscou, Turchinov disse: "Vocês e nós sabemos quem está organizando os protestos populares no leste da Ucrânia --são os agentes do Kremlin que estão organizando e patrocinando os protestos, que estão provocando as mortes das pessoas."
Dois homens, descritos pela polícia como manifestantes pró-Moscou, foram mortos a tiros em uma briga em Kharkiv na noite de sexta-feira. Um nacionalista ucraniano foi morto a facadas quando manifestantes pró-Rússia e pró-Ucrânia entraram em confronto em Donetsk, na quinta-feira.
Turchinov encerrou a sessão parlamentar dizendo: "A situação é muito perigosa. Não estou exagerando. Há um risco real de ameaça de invasão do território da Ucrânia e nós iremos voltar a nos reunir na segunda-feira às 10h", conforme registro da imprensa local.