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Ucrânia denuncia milícias pró-Rússia de violações a trégua

O embaixador da Ucrânia na ONU denunciou que milícias pró-Rússia praticaram violações contra a trégua vigente no país


	Separatistas pró-Rússia: nesses ataques morreram pelo menos cinco soldados, diz Ucrânia
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Separatistas pró-Rússia: nesses ataques morreram pelo menos cinco soldados, diz Ucrânia (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 14h03.

O embaixador da Ucrânia na ONU, Yuriy Sergeyev, denunciou nesta sexta-feira que as milícias pró-Rússia praticaram várias violações contra a trégua vigente no país, e pôs em dúvida a vontade de Moscou e dos rebeldes de manter o acordo de paz assinado em Minsk.

Segundo Sergeyev, "as forças russas e os terroristas quebraram o cessar-fogo com mais de cem bombardeios contra o exército ucraniano e civis desde que a trégua começou", no último dia 5.

Nesses ataques morreram pelo menos cinco soldados e "dúzias" de militares ficaram feridos.

As baixas civis ainda estão sendo contabilizadas, afirmou o embaixador em entrevista coletiva na sede da ONU.

Além disso, o diplomata de Kiev assegurou que a Rússia continua fornecendo homens e equipamentos militares às milícias separatistas através de vários pontos da fronteira, e denunciou que a trégua está sendo usada para reforçar posições e movimentar tropas.

Sergeyev ressaltou que Moscou também "continua concentrando forças na fronteira" e "reorganizando suas tropas no norte da Crimeia", uma península anexada à Rússia em março.

Todas as ações, criticou Sergeyev, mostram uma "óbvia reticência da Rússia e suas marionetes para entrar no âmbito da lei internacional e encontrar uma fórmula para coexistir pacificamente com a Ucrânia".

O embaixador ucraniano defendeu que seu governo respeitou todos os itens acertados em Minsk.

Perguntado pelas novas sanções contra a Rússia aprovadas por União Europeia e Estados Unidos, Sergeyev disse confiar que as medidas sejam capazes de fazer a Rússia recuar e dialogar.

No entanto, o embaixador lembrou que o governo russo não reagiu aos bloqueios econômicos anteriores, embora tenha destacado que, neste caso, as sanções podem ser mais efetivas porque afetam, por exemplo, os bancos.

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