KUPIANSK, UKRAINE - SEPTEMBER 30: Ukrainian soldiers prepare to evacuate wounded across a heavily damaged bridge over the Oskil River, on September 30, 2022 in Kupiansk, Ukraine. Ukraine has recaptured thousands of square miles of its northeast Kharkiv region from Russian forces in recent weeks, and is continuing to pour armored vehicles, artillery and rocket systems into this front to recapture the region, while also pushing a separate offensive in the south to reclaim occupied Kherson and Crimea. (Photo by Scott Peterson/Getty Images) (Scott Peterson/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de dezembro de 2022 às 07h35.
A Força Aérea da Ucrânia bombardeou ontem a cidade de Melitopol, um importante ponto estratégico no sul da Ucrânia, como parte de sua contraofensiva para retomar território ocupado pela Rússia. Ao menos duas pessoas morreram na operação, que indica uma nova fase do contra-ataque ucraniano contra os russos, a poucas semanas da chegada do duro inverno da região.
O ataque atingiu uma igreja que estava sendo usada como base por soldados russos, segundo o prefeito da cidade, Ivan Fedorov, que postou do exílio um vídeo feito à noite de um grande incêndio queimando à distância. A Tass, agência de notícias estatal russa citou o governador em exercício pró-Rússia da região de Zaporizhzia, Yevgeni Balitski, dizendo que um ataque em Melitopol, usando um sistema Himars, matou duas pessoas e feriu outras 10.
Os guerrilheiros ucranianos que trabalham atrás das linhas russas lançaram durante meses ataques contra alvos ao redor de Melitopol, incluindo um no verão perto do escritório de Balitski. Fedorov disse que também houve outros ataques na cidade nos últimos dias, bem como um bombardeio à cidade portuária de Berdiansk, mais a leste.
A Ucrânia recapturou a cidade de Kherson em meados de novembro, obrigando Moscou a retirar suas tropas para a margem leste do Rio Dnipro, após meses de pressão militar, abrindo uma nova fase da batalha pelo sul do país.
O avanço permitiu à Ucrânia usar artilharia de longo alcance para atingir alvos mais profundos dentro do território controlado pela Rússia, entre a margem oriental do rio e o Mar de Azov. A próxima fase da batalha, no entanto, será lenta em virtude do reforço das defesas russas no sul e no leste do país, além da chegada do inverno.