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Ucrânia acusa Rússia de exportar terroristas

O vice-ministro de Relações Exteriores da Ucrânia acusou a Rússia de exportar terroristas para seu território


	Pró-russos protestam na Ucrânia: campanha de propaganda de Moscou supera os níveis da Guerra Fria, disse vice-ministro de Relações Exteriores ucraniano
 (REUTERS/Shamil Zhumatov)

Pró-russos protestam na Ucrânia: campanha de propaganda de Moscou supera os níveis da Guerra Fria, disse vice-ministro de Relações Exteriores ucraniano (REUTERS/Shamil Zhumatov)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 15h31.

Washington - O vice-ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Danylo Lubkivsky, acusou nesta quinta-feira a Rússia de exportar terroristas para seu território e disse que a campanha de propaganda de Moscou supera inclusive os níveis da Guerra Fria.

"A Rússia exporta terroristas para a Ucrânia", disse Lubkivsky em um encontro com jornalistas e diplomatas em Washington. A situação na região piorou hoje após a morte de cinco milicianos pró-Rússia na cidade de Slaviansk e o anúncio de manobras militares na fronteira com a Ucrânia por parte de Moscou.

"Isto não é um movimento espontâneo de base", disse o alto funcionário ucraniano sobre os distúrbios no sudeste do país. "São separatistas instigados por Moscou", assegurou.

Slaviansk, no sudeste da Ucrânia, é controlada por paramilitares armados e está cercada por tropas ucranianas.

O ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou nesta quinta-feira o início de manobras militares na fronteira com a Ucrânia e advertiu que a operação desdobrada por Kiev no leste deve ser interrompida para se evitar "uma grande quantidade de mortos e feridos".

"Nos defenderemos", assegurou hoje Lubkivsky, que acusou a Rússia de não cumprir com as obrigações estipuladas nos recentes acordos de Genebra entre Estados Unidos, Rússia, Europa e Kiev para reduzir a tensão na Ucrânia.


"O comunicado de Genebra dizia claramente que todas as partes envolvidas deveriam usar toda sua influência para obrigar os separatistas a evacuar os edifícios, entregar as armas e reduzir a tensão", afirmou Lubkivsky.

O alto funcionário ucraniano assegurou que ao contrário disso a Rússia está redobrando a pressão na fronteira, algo que qualificou de "muito perigoso".

O vice-chanceler afirmou que seu governo tem "provas claras" de que agentes especiais russos e militantes russos estiveram instigando a instabilidade no sudeste do país.

O presidente russo, Vladimir Putin, "é imprevisível", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores, que não descarta "o pior dos cenários possíveis": que a Rússia cruze a fronteira.

Lubkivsky argumentou que em função da gravidade da situação é urgente que os Estados Unidos e Europa imponham "todas as medidas econômicas, políticas e todo tipo de medidas para que Rússia detenha a agressão".

"O ponto que a Rússia cruzou já uma linha inadmissível", concluiu.

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