Repórter colaborador
Publicado em 18 de março de 2024 às 06h36.
A Uber concordou em pagar US$ 178 milhões para compensar milhares de motoristas de táxi na Austrália que alegaram ter perdido renda quando a empresa de carona compartilhada entrou no mercado local.
Segundo informações do Yahoo Finance, a empresa resolveu a ação coletiva movida por mais de 8 mil donos e motoristas de táxis e carros de aluguel, informou o Maurice Blackburn Lawyers, que entrou com a ação em 2019, na segunda-feira. O escritório de advocacia classificou o pagamento como o quinto maior acordo de ação coletiva na história da Justiça australiana.
"O Uber foi responsabilizado por suas ações", disse o diretor do Maurice Blackburn Lawyers, Michael Donelly, em um comunicado.
A Uber disse em um comunicado que fez "contribuições significativas" para programas de compensação de táxi nos estados australianos desde 2018. "Com o acordo proposto hoje, colocamos essas questões herdadas firmemente em nosso passado", disse. A empresa de compartilhamento de caronas disse que não poderia comentar sobre os detalhes do acordo.
A Uber pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, a suspensão nacional de todos os processos que tratam sobre o vínculo empregatício de motoristas com a plataforma.
No final de fevereiro, a Corte reconheceu a repercussão geral do tema - com isso, o julgamento afetará ações semelhantes inclusive de outras plataformas, como iFood e Rappi.
De acorco com Fachin, que é relator da ação, são cerca de 10 mil processos. A Procuradoria-Geral da República (PGR), por outro lado, já disse que haviam sido ajuizados 17 mil ações pedindo reconhecimento de vínculo de emprego entre trabalhadores e aplicativos até maio de 2023.