O Twitter informou nesta segunda-feira que investiga junto a órgãos de segurança uma série de ameaças contra a empresa (Leon Neal/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2015 às 15h54.
Washington - O Twitter informou nesta segunda-feira que investiga junto a órgãos de segurança uma série de ameaças contra a empresa, em meio a informações da imprensa segundo as quais a rede social se tornou um alvo depois de bloquear contas vinculadas aos jihadistas do Estado Islâmico.
"Nossa equipe de segurança está investigando a veracidade destas ameaças com as forças de ordem pertinentes", disse o porta-voz no Twitter sem dar mais detalhes.
Isso ocorre após a imprensa apontar que o Twitter havia suspendido contas vinculadas ao EI e a outros grupos relacionados, como o nigeriano Boko Haram.
Uma página no boletim online Pastebin, cuja fonte não pôde ser verificada, mostrou uma fotomontagem do fundador do Twitter Jack Dorsey em meio à mira telescópica de um rifle e uma mensagem em árabe.
O SITE Intelligence, um grupo americano que monitora as ameaças jihadistas, declarou que esta postagem foi realizada pela Al-Nusra Al-Maqdisiya, um grupo de meios de comunicação que simpatiza com o EI.
Segundo uma tradução da mensagem fornecida pelo SITE Intelligence, tanto Dorsey quanto o Twitter são agora um alvo dos militantes islamitas por suspender algumas contas.
"Vocês começaram esta guerra. Dissemos desde o início que não é sua guerra! Mas vocês não entenderam. Fecharam nossas contas e voltamos rapidamente. Quando nossos leões solitários cortarem sua respiração, não haverá retorno", alerta a mensagem.
Como outros operadores de meios de comunicação, o Twitter luta para garantir a liberdade de imprensa sem se tornar uma ferramenta de propaganda de grupos violentos.
As condições do serviço do Twitter proíbem as ameaças diretas e específicas.
Os analistas afirmam que as organizações terroristas frequentemente utilizam o Twitter e outras redes sociais para recrutar militantes, arrecadar fundos e se comunicar.