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Twitter acata pedido da Turquia e banimento será suspenso

O Twitter acatou pedido feito pela Turquia para remoção de fotos de um promotor de Istambul mantido sob a mira de uma arma por militantes de extrema esquerda


	Twitter: site havia dito anteriormente que estava trabalhando para restaurar o serviço
 (Emmanuel Dunand/AFP)

Twitter: site havia dito anteriormente que estava trabalhando para restaurar o serviço (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2015 às 14h56.

Istambul/Ancara - O Twitter acatou pedido feito pela Turquia para remoção de fotos de um promotor de Istambul sendo mantido sob a mira de uma arma por militantes de extrema esquerda, e o bloqueio ao site de microblog logo será suspenso, disse uma autoridade do país nesta segunda-feira.

"O Twitter concordou em desativar contas e remover imagens relacionadas à situação com reféns da semana passada. O website será reaberto para acesso logo", disse à Reuters a autoridade.

"Os usuários em toda a Turquia poderão acessar o site dentro de uma hora", acrescentou.

O Twitter não estava disponível de imediato para comentar.

O site havia dito anteriormente que estava trabalhando para restaurar o serviço.

Autoridades turcas baniram o acesso ao Twitter e ao YouTube, do Google, nesta segunda-feira, após um juiz de Istambul impor um bloqueio ao acesso a sites de mídia social que mostravam fotos do promotor morto, Mehmet Selim Kiraz, sendo mantido sob mira de arma por militantes de extrema esquerda que foram tiradas horas antes de sua morte num tiroteio na semana passada.

As conversas com o YouTube ainda estavam em curso, disse a autoridade.

O Facebook disse que acatou a decisão de um tribunal turco exigindo que a companhia restringisse acesso a certos conteúdos ou enfrentaria um bloqueio a seu serviço.

Um porta-voz da companhia disse que a empresa irá recorrer da decisão.

O porta-voz da Presidência da Turquia, Ibrahim Kalin, disse que um promotor exigiu o bloqueio pois algumas organizações de mídia haviam agido "como se estivessem disseminando propaganda terrorista" ao compartilhar as imagens da situação com reféns.

"Isso tem a ver com a publicação da foto do promotor. O que aconteceu na sequência foi tão terrível quanto o próprio incidente", disse Kalin. "A exigência da promotoria é de que essa imagem não seja usada em qualquer lugar em plataformas eletrônicas", disse ele numa coletiva de imprensa em Ancara.

O promotor Kiraz morreu na terça-feira passada depois que as forças de segurança invadirem o escritório onde membros da Frente-Partido de Libertação do Povo Revolucionário (DHKP-C) o fizeram refém. Seus dois captores também foram mortos.

O DHKP-C havia publicado uma foto de Kiraz com uma arma apontada para sua cabeça e disse que mataria o promotor caso suas exigências não fossem atendidas.

"A esposa e filhos do promotor Kiraz ficaram muito abalados. As imagens estão em todos os lugares", disse a autoridade anteriormente.

O órgão regulador de telecomunicações da Turquia não pôde ser contatado de imediato e não havia comunicado em seu website.

A Turquia bloqueou temporariamente o Twitter e o YouTube pouco antes das eleições locais em março de 2014, depois que gravações de áudio que supostamente mostravam corrupção no círculo próximo ao então primeiro-ministro Tayyip Erdogan foram vazados nos sites.

A decisão causou grande tumulto entre o público e atraiu duras críticas internacionais.

O país entrou com cinco vezes mais pedidos de remoção de conteúdo junto ao Twitter do que qualquer outro país na segunda metade de 2014, segundo dados publicados em fevereiro pelo site de microblog.

No ano passado, a Turquia endureceu leis que permitem que sites sejam bloqueados pelas autoridades mais facilmente.

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