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Na TV em SP, Dilma é destaque e Serra nem aparece

Lula e Dilma aparecem no programa eleitoral de Mercadante para o governo de SP, mas Alckmin cita Serra apenas 3 vezes

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff: o partido do presidente Lula foi o que mais associou as campanhas federal e estadual (Arquivo/ABr)

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff: o partido do presidente Lula foi o que mais associou as campanhas federal e estadual (Arquivo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - Com chances de vencer a eleição presidencial já no primeiro turno, a candidata do PT, Dilma Rousseff, apareceu hoje, em vídeo, foto e áudio, no programa do horário eleitoral de dois candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT) e Paulo Skaf (PSB). Já o candidato do PSDB ao governo paulista, Geraldo Alckmin, não mostrou qualquer imagem do candidato tucano, José Serra, em queda nas pesquisas de intenção de voto.

De terninho vermelho, cor da bandeira do PT, Dilma deu um depoimento na propaganda de Mercadante. "São Paulo tem hoje uma oportunidade histórica, de eleger uma pessoa que, da mesma maneira que o presidente Lula, sabe que desenvolvimento econômico e desenvolvimento social têm de andar juntos", afirmou a ex-ministra. Recordista de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fez um depoimento favorável ao candidato. "Garanto que Mercadante será um governador de que o povo de São Paulo vai se orgulhar muito."

No programa de Skaf, Dilma surgiu de roupa amarela ao lado do candidato, em visita a uma escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). "Considero o Skaf uma pessoa capacitada", disse Dilma, em um vídeo gravado durante a visita. "Aqui em São Paulo eu tenho dois palanques. O Skaf é um deles. O outro é o Mercadante. Eu vou dar força para os dois." Com uma foto de Dilma ao fundo, Skaf agradece: "Fiquei muito feliz com o apoio de Dilma à minha candidatura."

Tucanos

Enquanto isso, no programa de Geraldo Alckmin, o nome de Serra foi citado três vezes no programa, nenhuma delas pelo tucano que concorre ao governo do Estado. Enquanto eram mostradas imagens de estradas feitas pelo governo do PSDB no Estado, apareceu escrito na tela "Serra que fez, Geraldo vai continuar".

Na segunda vez, o locutor falava sobre a Linha Amarela da Companhia do Metropolitano (Metrô) e disse: "Geraldo começou, Serra continuou." O presidenciável foi citado também por um apresentador do programa, em frente a um Ambulatório Médico de Especialidades (AME). "Foi o Serra que implantou. São 32 unidades. Geraldo vai ampliar ainda mais", disse o jovem.


O tema do programa de hoje de Mercadante foi a educação. Ele prometeu, em meio a uma "mudança segura", facilitar o acesso de jovens pobres às escolas técnicas estaduais. Disse que, se eleito, terminará com o sistema de progressão continuada, criará batalhões para cuidar da segurança na rede estadual de educação e instalará câmeras de vigilância na porta das escolas.

Alckmin apresentou obras viárias feitas pelo governo do PSDB no Estado. Prometeu expandir e melhorar as linhas de metrô e de trem e ampliar os ambulatórios de especialidades. O programa mostrou a história do aposentado Admilton Gonçalves, viúvo há 9 anos, que almoça na rede de restaurantes populares Bom Prato, criada no governo Alckmin.

"O Bom Prato é um bom jeito de encontrar novos amigos", disse Alckmin, do estúdio. "Sempre que posso dou uma passadinha. Saio de lá com uma baita fome de fazer muito mais restaurantes."

Saúde

O candidato do PP Celso Russomano mostrou problemas no atendimento de saúde pública, em depoimentos colhidos nas ruas. Três mulheres reclamavam da demora em conseguir consultas, exames e cirurgias. "Não está bom para todas as partes, por isso tem de mudar", disse.

O candidato Fábio Feldman, do PV, falou sobre obesidade, anorexia e a necessidade de orientar a população a ter uma alimentação saudável. "São sérios problemas de saúde pública", disse. O candidato exibiu um depoimento de apoio da candidata do PV, Marina Silva.

Paulo Búfalo (PSOL) defendeu o financiamento público de campanha. Luiz Carlos Prates, o Mancha (PSTU), pregou a reestatização das empresas "privatizadas". Igor Grabois (PCB) propôs a desmilitarização da polícia e a formação de um corpo policial único. Anaí Caproni (PCO) disse que, se eleita, fará um governo "sem representantes do grande capital".

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