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Na TV, Serra nega que fará privatizações

Tucano rebateu acusações da candidata Dilma Rousseff

No contra-ataque: o candidato tucano intensificou o discurso para rebater acusações de Dilma (.)

No contra-ataque: o candidato tucano intensificou o discurso para rebater acusações de Dilma (.)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, aproveitou o programa de hoje (11) à noite no horário eleitoral gratuito da TV para mostrar imagens do debate presidencial realizado ontem à noite pela TV Bandeirantes, evento que não havia sido explorado na inserção partidária exibida à tarde. No debate, o tucano enfatizou que não vai fazer "privatização nenhuma" e que é contra a privatização da Petrobras e do Banco do Brasil. Já a candidata Dilma Rousseff (PT) repetiu a propaganda do início da tarde.

Na edição de trechos do debate, a campanha tucana destacou a reação de Serra a afirmações de Dilma associando o candidato ao governo Fernando Henrique Cardoso, que privatizou várias empresas estatais. "O PT vendeu ações do Banco do Brasil na Bolsa de Nova York e aumentou a participação do capital privado no Banco do Brasil", afirmou Serra. "O presidente Lula e a Dilma Rousseff privatizaram dois bancos durante sua gestão, no Ceará e no Maranhão. O PT privatizou saneamento em pelo menos duas cidades próximas que eu conheço: Ribeirão Preto e Mauá. Eu não vou fazer privatização nenhuma. Eu tenho cabeça própria. Eu vou fortalecer os Correios, como eu vou fortalecer a Petrobras, como vou fortalecer o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal. Vou fortalecer o BNDES, que eu já fortaleci no passado através da criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Eu vou fortalecer a Petrobras."

O programa de Dilma repetiu à noite os mesmos trechos do debate apresentados à tarde. A petista, por exemplo, associou o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e principal assessor da área de energia da campanha de Serra, David Zylberztajn, a uma posição favorável à privatização das reservas de petróleo do pré-sal.

O programa de Serra também separou trecho do debate em que o candidato apresenta medidas que tomará se for eleito. "Vou fazer mais: um mínimo de R$ 600 e reajuste do INSS para 10%, o dobro do que quer o atual governo", afirmou.

Serra também mostrou o apoio que está recebendo do senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e dos governadores eleitos no primeiro turno por seu partido Geraldo Alckmin (SP), Beto Richa (PR) e Antonio Anastasia (MG), além de Raimundo Colombo, eleito em Santa Catarina pelo DEM.

A campanha tucana avaliou que Dilma atacou a mulher do tucano, Mônica Serra. No programa do PT, Dilma, ao falar no debate sobre a questão da descriminalização do aborto, reclama dos ataques e calúnias que diz estar recebendo da campanha de seu adversário. Ela disse no debate que Serra estaria promovendo uma "campanha do ódio", pretendendo atingi-la com calúnias, mentiras e difamações. Ela disse que não era certo a esposa do candidato ter dito que "a Dilma é a favor da morte de criancinhas." Ela destacou que o comentário é um "absurdo" e faz parte de uma campanha que usa algo que o Brasil não tem, que é o ódio. "Esse país não tem ódio religioso, não tem ódio étnico e não tem ódio cultural. Então, eu repudio essa campanha que está sendo feita", disse.

O programa de Dilma também mostrou quem apoia a candidatura petista à Presidência da República e afirmou que a candidata tem o apoio político de 350 dos 513 deputados federais. No Senado, diz o programa de Dilma, ela terá o apoio de 50 dos 81 senadores e, dentre os 18 governadores eleitos no primeiro turno, o programa da petista afirma que 11 estão com ela. Apareceram no programa os governadores Cid Gomes (PSB-CE); Eduardo Campos (PSB-PE); Jaques Wagner (PT-BA); Tarso Genro (PT-RS); Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Renato Casagrande (PSB-ES).

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