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Tusk critica violações de direitos humanos na Venezuela

Presidente do Conselho Europeu declarou que está insatisfeito com cúpula pois não tomaram posição mais forte contra o que está acontecendo na Venezuela


	"Eu não estou totalmente satisfeito com o teor da nossa declaração", declarou Donald Tusk
 (John Thys/AFP)

"Eu não estou totalmente satisfeito com o teor da nossa declaração", declarou Donald Tusk (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2015 às 18h40.

Bruxelas - O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, quebrou o silêncio sobre a Venezuela nesta sexta-feira, durante a cúpula da União Europeia (UE) com lideranças da América Latina e do Caribe.

Tusk declarou que está insatisfeito com a "declaração" final da cúpula, que reuniu 61 países, pois não tomou uma posição mais forte contra as violações de direitos humanos na Venezuela.

"Eu não estou totalmente satisfeito com o teor da nossa declaração, mas, como vocês sabem, a declaração é como um compromisso entre mais de 60 países, do lado europeu e da América Latina", disse Tusk a repórteres.

"É claro que não há espaço para a falta de compromisso quando se trata de direitos humanos e toda a minha vida é dedicada aos direitos humanos", comentou.

O tom do comentário de Tusk contrastou com a declaração divulgada na quinta-feira, que citou as sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela, chamando-as de "medidas coercitivas", mas não mencionou as ações da Venezuela.

O presidente do Equador, Rafael Correa, representando as nações da América Latina e do Caribe, criticou as sanções dos Estados Unidos, chamando-as de unilaterais e ilegais e não mencionou preocupações em relação as tensões na Venezuela.

Os líderes europeus estão atentos a repressão contra dissidentes e a prisão de adversários políticos do governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.

Em março, o parlamento europeu pediu que a Venezuela libertasse prisioneiros políticos e acabasse com a perseguição de oponentes. Entretanto, a Europa não demonstrou interesse em impor sanções juntamente com os EUA.

Desde a morte de Hugo Chávez, há dois anos, Maduro tem lutado para manter o controle sobre o país. Ele enfrentou protestos em massa da população no último mês. 

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