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Turquia vai entregar corpo de piloto russo morto a Moscou

Antes de abater o avião, Turquia teria avisado 10 vezes para que ele não entrasse no seu espaço aéreo. Corpo do piloto que morreu será entregue à Rússia


	Avião russo em chamas: "Durante cinco minutos foram avisados dez vezes para não entrarem no espaço aéreo turco", diz embaixadora
 (Sadettin Molla / Reuters)

Avião russo em chamas: "Durante cinco minutos foram avisados dez vezes para não entrarem no espaço aéreo turco", diz embaixadora (Sadettin Molla / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2015 às 08h13.

O corpo do piloto do avião militar russo abatido na terça-feira (24) pela aviação turca será devolvido à Rússia, anunciou hoje (29) o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu. "O piloto que perdeu a vida ao ter violado [na terça-feira] o espaço aéreo turco nos foi entregue na fronteira síria na noite passada", disse Davutoglu a jornalistas, em Instambul.

O primeiro-ministro turco concedeu entrevista antes de partir para Bruxelas para a cúpula entre a União Europeia e a Turquia, sobre o fortalecimento da cooperação e a gestão do fluxo migratório.

O outro piloto russo que estava no avião foi resgatado com vida pelas forças especiais russas e sírias, em território sírio, após se ejetar da aeronave de paraquedas.

Na manhã de terça-feira, um F-16 turco abateu um avião militar russo próximo à fronteira com a Síria, na região de Hatay, acusado de invadir o espaço aéreo do país.

A embaixadora da Turquia considerou, entretanto, que o abate de um avião russo confirma as preocupações de Ancara sobre as ações unilaterais da Rússia na Síria. “O que aconteceu na terça-feira confirma as preocupações que mantínhamos sobre as ações unilaterais da Rússia na Síria. Sabemos que a Rússia não está na Síria para combater as forças do Daesh [acrónimo árabe do grupo extremista Estado Islâmico, EI], os alvos que têm bombardeado não possuem presença do Daesh”, disse Ebru Barutçu Gökdenizler.

Ao se referir-se ao “incidente infeliz”, a representante diplomática da Turquia esclareceu que na manhã de terça-feira os radares turcos detectaram na região “dois aviões não-identificados” e apenas um optou por retroceder.

“Durante cinco minutos foram avisados dez vezes para não entrarem no espaço aéreo turco”, assegurou, antes de ser emitida a ordem de derrubar o SU-24 que “continuava sem se identificar”.

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