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Turquia teme que armas acabem nas mãos do PKK

O novo ministro das Relações Exteriores da Turquia advertiu que armas enviadas aos curdos no Iraque poderiam cair nas mãos da guerrilha PKK


	Combatente curdo peshmerga: aliança internacional deseja enviar armas aos curdos
 (Safin Hamed/AFP)

Combatente curdo peshmerga: aliança internacional deseja enviar armas aos curdos (Safin Hamed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 14h44.

Ancara - O novo ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, advertiu nesta segunda-feira que parte das armas que a aliança internacional deseja enviar aos curdos no Iraque, como intervenção ao avanço do grupo jihadista "Estado Islâmico", poderia cair nas mãos da guerrilha PKK.

Em entrevista à agência de notícias turca "Anadolu", Cavusoglu abordou a preocupação de seu governo neste aspecto.

Segundo ele, os envios internacionais de armas aos soldados Peshmerga do Curdistão iraquiano deveriam ser acompanhados para não serem repassados aos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), cujas bases também se encontram no norte do Iraque.

Na última semana, o presidente turco, o islamita Recep Tayyp Erdogan, havia se distanciado do núcleo de uma coalizão para lutar contra o EI pelo temor de que essa coalizão acabasse se unindo ao PKK, considerado terrorista pela Turquia, EUA e União Europeia.

Ancara também teme pelas vidas de 49 diplomatas turcos, sequestrados pelo grupo jihadista desde junho.

Em paralelo às preocupações do governo turco, o co-presidente do partido pró-curdo Paz e Democracia (HDP), Selahattin Demirtas, propôs hoje que se considere o envio de armas ao PKK, que, por sua vez, deveria assumir um compromisso pacífico e só usá-las na luta contra EI.

Em seu discurso, Cavusoglu também assegurou hoje que as autoridades turcas estão atuando contra a chegada de combatentes ocidentais através de seu território, de onde costumam seguir tanto para a Síria quanto para o Iraque.

"A Turquia negou acesso para mais de 6 mil estrangeiros considerados potenciais terroristas", assegurou Cavusoglu.

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